Os comerciários aprovaram a autorização para a decretação de estado de greve, em assembleia realizada na noite desta segunda-feira (9/7), na sede do Sindicato dos Comerciários, no Centro do Rio.
Os trabalhadores decidiram, por unanimidade, pelo estado de greve, após recusar a proposta patronal de reajuste salarial de 1,5%. A categoria negocia um aumento de 8%, entre as principais reivindicações, com data base 1º de maio, para equiparar ao piso do comerciário regional no valor de R$1.250.
A presidente interina do sindicato, Alexsandra Nogueira afirma que as condições impostas pelos patrões são inaceitáveis. “Um reajuste menor que a inflação, hoje de 1,69%, segundo o INPC/IBGE, além de cláusulas desumanas, como o trabalho intermitente e a redução para apenas meia-hora de almoço não podem ser aprovadas pelos trabalhadores”, ressalta.
Uma nova rodada de negociação acontecerá na próxima quinta-feira, dia 12, entre o Sindicato dos Comerciários, que representa 350 mil trabalhadores e os sindicatos patronais, o Sindigêneros (supermercados), o Sindilojas (shoppings e comércio de rua) e a a Fecomércio-RJ, representante de outros dez segmentos do atacado e do varejo. Caso não ocorra acordo entre as partes, os trabalhadores poderão paralisar suas atividades e fechar o comércio.