A Associação Brasileira do Trabalho Temporário (ASSERTTEM) previu a abertura de 630 mil vagas temporárias, neste terceiro trimestre (entre julho e setembro). As contratações foram puxadas pelo setor da indústria (60%), seguido pelo de serviços (30%) e comércio (10%).
Para a Luandre, uma das maiores consultorias de RH do país, a expectativa para o último trimestre é de um crescimento ainda maior na oferta de vagas temporárias, em razão das vendas em datas tradicionais do varejo, como Dia das Crianças e Black Friday, e sobretudo pelo Natal, tradicionalmente a melhor ocasião para o comércio brasileiro.
“As contratações já se iniciam no mês de outubro, visando a alta demanda. Algumas vagas, inclusive, não precisam de experiência, já que o treinamento é realizado antes, o que aumenta as chances de o candidato encerrar 2023 empregado”, diz Debora Herdeiro, gerente de operações da Luandre.
Neste período do ano as maiores chances de contratação estão nos segmentos de varejo e logística. Entre os principais cargos estão: vendedor, caixa, estoquista, repositor, auxiliar de logística, entre outros.
Para quem está à procura de uma posição, a dica é se atentar aos detalhes do currículo. Palavras-chaves que identifiquem de maneira simples e objetiva as experiências anteriores e o “match” com a vaga são o primeiro passo. Por exemplo, se o candidato está em busca de uma vaga para vendedor, palavras como “vendas”, “atendimento ao público” e “comércio” devem estar estrategicamente posicionadas para facilitar que a inteligência artificial do sistema de seleção possa identificar que se trata de um bom perfil para a posição.
Como as vagas temporárias são preenchidas rapidamente por conta do alto fluxo de demanda, muitas empresas optam pelas entrevistas digitais. Nesse caso, o candidato participa de uma dinâmica similar às entrevistas presenciais, com apresentação pessoal. Por isso, preparar-se bem e destacar os pontos principais da trajetória profissional é de suma importância.
Vale ressaltar que há chances de efetivação ao fim do contrato como temporário. “As empresas observam pontos como o comprometimento e a qualidade do trabalho desenvolvido. O potencial e o esforço do colaborador durante o período de sazonalidade podem resultar em um contrato CLT, após a experiência”, reforça a especialista.