Em contagem regressiva para a inauguração da sua segunda fábrica no Rio de Janeiro, no Distrito Industrial de Queimados, na Baixada Fluminense, a Piraquê – empresa do segmento de massas e biscoitos – apresenta novidades em sua produção e já prevê a expansão para o mercado internacional. A linha de biscoitos cookies nos sabores baunilha e chocolate será embalada em três idiomas: português, inglês e espanhol. A previsão é de que os produtos entrem em circulação a partir do próximo mês, quando deve iniciar as atividades da nova fábrica. Nesta quinta-feira (14), os representantes da empresa retiraram a licença de operação emitida pela Prefeitura, através da secretaria do Ambiente.
Apesar de ainda não ter sido inaugurada oficialmente, a fábrica de Queimados está em fase de testes com 170 empregados atuando em turno único de oito horas de trabalho. Atualmente, a unidade tem capacidade produtiva de 50 toneladas de produtos por dia, o que representa 200 pacotes de biscoito por minuto. A expectativa é de que no próximo mês a capacidade de produção e o número de funcionários, entre auxiliares de produção e operadores, dobre. Na Baixada, a empresa atuará em três linhas produtivas: salgados (salgadinho, presuntinho e repetisco), maizena e cookie.
Segundo a secretária do Ambiente de Queimados, Luciana Lins, “a licença de operação da Piraquê tem validade de cinco anos e serve para autorizar o início das atividades do empreendimento, após a verificação do efetivo cumprimento que consta nas licenças anteriores, com base em constatações de vistorias, relatórios de pré-operação, relatórios de auditoria ambiental, e dados de monitoramento ou qualquer meio técnico de verificação do dimensionamento e eficiência do sistema de controle ambiental”.
De acordo com o gerente da Piraquê, Rodolfo Silva, os biscoitos produzidos em Queimados serão encaminhados para o Centro de Distribuição da empresa instalado em Madureira, na Zona Norte do Rio. Segundo ele, a fábrica da Baixada conta com 37 mil metros quadrados de área construída e foram investidos cerca de R$ 500 milhões. “Estabelecemos nossas operações numa região estratégica, às margens da Rodovia Presidente Dutra e com uma infraestrutura adequada com fibra óptica e gás natural. A ideia é expandir nossos produtos para o mercado internacional a começar pela América do Sul”, destacou.
Currículos para cadastro de reserva
Não há processo seletivo em andamento no momento para o preenchimento de vagas na Piraquê, no entanto, a Fábrica de Queimados está com um cadastro de reserva aberto. Basta o interessado levar o currículo à sede da própria empresa (Rua Minas Gerais, 1055 - Distrito Industrial). Segundo Silva, a fábrica pretende atuar em três turnos de trabalho nos próximos meses. “No primeiro momento, trouxemos os profissionais que trabalhavam com a gente em Madureira. Lá, tinha muita gente de Queimados e Japeri, optamos por dar prioridade a essas pessoas. Em breve, vamos ter que contratar novos auxiliares de produção e operadores”, anunciou.
Em 2009, apenas sete fábricas operavam no Parque Industrial de Queimados. Hoje, já são 41. De acordo com o prefeito Max Lemos, além do aumento na arrecadação – foram investidos pela iniciativa privada mais de R$ 1 bilhão no período –, o crescimento econômico possibilitou que a taxa de desemprego fosse reduzida em mais da metade. “O Distrito Industrial é o pulmão econômico da nossa cidade. Graças a isso, podemos arrecadar impostos e respirar diante da atual recessão econômica que o nosso país e o estado vive. Muitas dessas empresas precisam de mão de obra e procuram por aqui. Com a Piraquê não é diferente”, concluiu o prefeito.
Por: FELIPE CARVALHO