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Adolescente interno do Degase morre por problema no coração em Belford Roxo

domingo, agosto 28, 2016

/ by Jornal Destaque Baixada

BELFORD ROXO- Um adolescente interno do Departamento Geral de Ações Socioeducativas (Degase) morreu neste sábado, no Hospital municipal Jorge Júlio Costa dos Santos (Joca), em Belford Roxo, na Baixada Fluminense. O Departamento Geral de Ações Socioeducativas (Degase), em Belford Roxo, confirmou que a morte ocorreu por um tamponamento cardíaco e não meningite meningogócica, como se suspeitava. A informação sobre a suspeita de meningite havia sido divulgada mais cedo pelo diretor do Centro de Atendimento Intensivo Belford Roxo, Luiz Fernando Brandão. A morte ocorreu no dia em que o jovem completaria 15 anos.

O adolescente foi internado às 12h56m desta sexta-feira. O corpo dele foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) de Nova Iguaçu para que seja apurada a causa da morte. A família dele vai à unidade Degase, neste sábado, para decidir onde será o sepultamento.

Segundo o presidente do Sindicato dos Servidores do Degase, João Luiz Pereira Rodrigues, funcionários contaram que o adolescente foi atendido no último dia 8, no Posto de Assistência Médica (PAM) de São João de Meriti, mas não foi feito o diagnóstico. Um servidor, que preferiu não se identificar, disse que, quando os médicos suspeitaram de meningite, nesta sexta, foi solicitada uma ambulância para levar o paciente para o Hospital Getúlio Vargas. O adolescente, porém, não resistiu.

Rodrigues contou também que nada foi feito para evitar o contágio dos outros internos e dos servidores da unidade. A transmissão da doença é feita através das vias respiratórias, por gotículas e secreções do nariz e da garganta. De acordo com o Ministério da Saúde, quem teve contato com um paciente deve tomar o remédio Rifampicina em até 48 horas após a exposição.

— O centro tem espaço para 150 internos, mas conta com 380. Pelo que os funcionários relataram, ninguém tomou remédio para evitar o contágio da meningite. A legislação federal determina que cada unidade tenha, no máximo, 90 internos. Mas as unidades do Rio não cumprem essa regra.

Imagens feitas dentro do Centro de Atendimento Intensivo Belford Roxo mostram o estado precário da unidade e a superlotação. Internos dormem em camas feitas no chão, as paredes estão descascadas e a fiação, exposta.

— As fiações expostas podem ocasionar incêndios, como tem ocorrido em outras unidades do Degase — afirma Rodrigues.

No início deste mês, um dos nove internos da Escola João Luiz Alves, na Ilha do Governador, morreu após ficar ferido em um incêndio na unidade para menores infratores. Ele estava internado no Hospital municipal Souza Aguiar.

Estado de unidade de Belford Roxo é precária Foto: Reprodução

Por: Marina Navarro Lins
via: jornal Extra
28/08/2016
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