Cooperativados seguem prejudicados sem pagamento em Mesquita

Trabalhadores terceirizados das cooperativas Coopsege e RenaCoop, que prestam serviços à Prefeitura de Mesquita, reclamam de constantes atrasos salariais e falta de insumos para tratar pacientes nos postos de saúde do município. Os cooperativados ainda relatam que a situação se arrasta desde o fim do ano passado.

De acordo com terceirizados que atuam nas áreas de limpeza, atendimento e segurança de unidades de saúde de Mesquita, a empresa Coopsege depositará ainda hoje o pagamento referente ao mês de abril. O pagamento, previsto para o dia 10 deste mês, ainda não foi depositado.

Já cooperativados da Renacoop, que emprega médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem no município, convivem com esse drama desde novembro do ano passado. Segundo funcionários, relatam além das dificuldades diárias para lidar os atrasos salariais, eles se viram como podem com materiais bem abaixo do estoque para atender os pacientes. O salário referente ao mês de março só foi depositado na tarde desta terça-feira (17).

“Eles não nos deram uma justificativa concreta sobre os atrasos. Em fevereiro, pensamos que eles iam acertar a situação, mas não pagaram.Desde então, estávamos recebendo com até três meses de atraso. Por sorte, temos a vacina. É a única coisa que não falta aqui”, desabafou uma funcionária que não quis se identificar.

Conforme reportagem do Conecta Baixada, a justiça determinou, na semana passada, busca e apreensão de um contrato de duzentos milhões entre a prefeitura e a Coopsege e o fim imediato de novas contratações. Além disso, a juíza Alessandra Cristina Tulvesson exigiu que a prefeitura envie à Justiça a quantidade de terceirizados, assim como seus nomes, números de CPF e a função que exercessem.

Por: Marcelle Bappersi

Crédito: Conecta Baixada