O valor impresso é R$ 1. Mas tem gente pedindo muito mais do que isso pela moeda. Um exemplar com a bandeira olímpica é a mais rara, mais difícil de ser encontrada. Nos sites de venda na internet, o preço pode chegar a R$ 100. O curitibano José Eduardo não precisou pagar nada, foi pura sorte: "Fui comprar um refrigerante e, de troco, veio a bandeira. Estava no caixa da menina".
São mais de 200 milhões de moedas com desenhos olímpicos espalhadas pelo país. Natação, vela, canoagem, futebol. Os mascotes Tom e Vinícius também podem ser encontrados.
Em Natal, o preparador físico Ricardo guarda duas como se fossem troféus - nem pensa em vender: "É como se fosse uma recordação da Olimpíada que eu não pude estar presente para torcer pelo Brasil".
Mas tem gente ganhando dinheiro com isso. Em São Carlos, no interior de SP, Robert está vendendo o álbum completo por R$ 200, mas não revela quanto já faturou. "Para contar assim, a gente não chegou a contar quanto, mais ou menos, quanto foi".
Em Salvador, uma papelaria está com o comércio aquecido. E os funcionários nunca prestaram tanta atenção às moedas de R$ 1 como agora. Eles começaram a colecionar há pouco tempo e já conseguiram juntar 133 moedas olímpicas. O lote já foi anunciado na internet, só está esperando pelos colecionadores. "Eu fiz uma promessa de dividir [o lucro da venda] entre os funcionários, né? Porque eles estão colaborando também, pegando as moedas, e não deixando perder nenhuma", diz o dono do estabelecimento.
Por: Mauro Anchieta
Crédito G1
23/08/2016