A categoria rejeitou a proposta da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) colocada à mesa no dia 29 de agosto, em São Paulo. Os bancos ofereceram 6,5% de reajuste salarial, índice que não cobre sequer a inflação do período, e um abono de R$3 mil, além das mesmas regras da PLR de 2015. Não há também nenhuma sinalização de melhorias nas condições de saúde e de trabalho e nem nos itens de segurança e igualdade de oportunidades. A presidente do Sindicato Adriana Nalesso criticou a postura dos bancos e convocou a categoria para participar de uma forte greve nacional.
"Além de apresentar uma proposta que representa perdas em relação à inflação do período, os bancos não demonstraram nenhum interesse em proteger os empregos, uma das questões mais importantes para a categoria diante da atual situação que é de demissões em massa e fechamento de unidades", disse. A sindicalista lembrou ainda que os bancos também não demonstraram interesse em avançar em relação à igualdade de oportunidades e ainda insinuaram que as mulheres ganham menos porque "se licenciam mais do trabalho", numa afirmação "discriminatória, machista e absurda" contra o direito à licença-maternidade. Destacou ainda que "é cada vez maior o número de bancários adoecendo vítimas de transtornos psicológicos em função do assédio moral e da pressão por metas abusivas, superando os casos de Ler/Dort".
O presidente da CUT-RJ, Marcelo Rodrigues, lembrou que a greve dos bancários é a primeira para preparar uma greve geral de todos os trabalhadores e convocou a categoria a participar da luta para derrubar o governo golpista de Michel Temer e defender os direitos trabalhistas e a democracia.
Crédito: Seeb Rio de Janeiro
05/09/2016