Eram pouco mais de 9h quando os primeiros manifestantes iniciaram uma concentração em frente à Câmara. Com apitos, faixas e cartazes, a população e os servidores públicos pediam aos vereadores que dissessem ‘sim’ à suplementação orçamentária. Os parlamentares deram início à sessão e convidaram alguns representantes da mobilização e a secretária de Educação, Lucimar Pinto, para acompanharem a análise do processo.
Àquela altura o discurso dos vereadores já deixava claro que a suplementação orçamentária não seria aprovada. O líder dos manifestantes solicitou o uso da palavra para questionar o motivo da negativa, mas não foi autorizado pelo presidente da sessão, vereador Cesar de Melo, a se manifestar. Ao insistir, o estudante foi retirado do plenário da câmara municipal sob xingamentos, chutes e socos.
A agressão ao manifestante deu início a uma briga generalizada que pôs fim à sessão sem que ao menos houvesse a votação.
A manifestação
Com cartazes em mãos, gestores educacionais, agentes de saúde e profissionais de ambas as áreas cobraram aos parlamentares a aprovação de 5% de suplementação orçamentária. Este não foi o único ato dos manifestantes. No dia 23 de agosto, eles fizeram um grande protesto na porta da Câmara. Cerca de mil pessoas participaram do ato que exigiu a aceitação do processo.
A porcentagem da suplementação orçamentária passou de 50% nas gestões anteriores para apenas 2%. A não aprovação do processo impossibilita que o Poder Executivo consiga trabalhar e cumprir seus compromissos. A negativa dos vereadores tem prejudicado principalmente os setores da saúde e da educação, mas outras áreas também foram afetadas, como a coleta de lixo e a varrição das ruas, por exemplo.
A aceitação é fundamental para que o Poder Executivo possa movimentar a verba em caixa, retomar e manter serviços essenciais para a população.
Situação crítica
Há uma semana o prefeito Ivaldo Barbosa dos Santos, o Timor, anunciou que as Unidades Básicas de saúde de Japeri permaneceriam abertas, mas com atendimento prejudicado pela falta de insumos e medicamentos. Desde então pacientes que procuram os postos são obrigados a retornar para suas casas ou recorrer a unidades em municípios vizinhos devido à falta de seringas, remédios e insumos para um atendimento adequado.
Nas escolas, as portas estão abertas para receberem os alunos, mas, por falta de mantimento, nem todas as unidades poderão oferecer merenda as crianças. Para que os alunos não fiquem totalmente sem uma refeição, a Secretaria de Educação (SEMED) faz um remanejamento de alimentos entre as escolas.
Crédito: jornal de hoje
02/09/2016