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Adolescente de 15 anos sai para ir a festa de rua e desaparece em São João de Meriti

segunda-feira, outubro 17, 2016

/ by Jornal Destaque Baixada

SÃO JOÃO DE MERITI- Um adolescente de 15 anos desapareceu após ir a uma festa de rua no bairro Grande Rio, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense. Gustavo Nunes da Silva Rios saiu de casa, no bairro Vila Norma, em Mesquita, também na Baixada, por volta das 19h30 do último dia 12. Mas ele não voltou para casa. À família do jovem, amigos disseram que ele sumiu após um tiroteio no local.

— Os amigos dele contaram que chegou um Sandero prata desgovernado no meio da festa e desceu um homem atirando. A polícia começou a trocar tiros, meu filho foi baleado na perna e caiu na calçada — contou a atendente de restaurante Vera Hilda Nunes da Silva, de 46 anos, mãe de Gustavo

Uma moradora teria socorrido o jovem para dentro de sua casa, mas, em seguida, um homem numa pick-up branca, que seria um policial militar, teria levado Gustavo. A família suspeita de envolvimento de policiais e milicianos no desaparecimento do adolescente.

— Essa vizinha disse que esse policial da pick-up levou meu filho porque iria socorrê-lo. Junto da pick-up estava uma viatura do 21º BPM (Meriti) e o PM da viatura disse ao motorista: “Foi você quem fez a merda. Agora limpe” — informou Vera.

O caso está sendo investigado pelo Setor de Descoberta e Paradeiro (SDP) da Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF). Segundo a polícia, há uma milícia que atua no bairro Grande Rio, mas a participação de milicianos no desaparecimento do jovem ainda está sendo investigada.

A família já procurou Gustavo em IMLs, hospitais e delegacias. Também espalharam cartazes no local onde ele desapareceu. Um dia depois, todos os cartazes haviam sido retirados.

— Espalhamos mais de 50 cartazes. Sumiram todos. Os comerciantes foram ameaçados. Se colocassem novamente, teriam o comércio quebrado — disse o padrasto do jovem, Paulo Cesar Pires, de 39 anos.

Gustavo cursava o 8º ano do Ensino Fundamental e trabalhava como entregador de lanchonete.

— Ele era trabalhador e estudante. Era muito querido. Eu só quero meu filho. De qualquer jeito — lamentou Vera.
Por: Cintia Cruz
Crédito: Jornal Extra
Foto: Cintia Cruz 
07/10/2016
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