Enterrados corpos das 4 pessoas mortas na chacina de São João de Meriti

Os quatro mortos dentro de uma casa em uma favela em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, foram enterrados por volta das 16h20 desta quinta-feira (20), no cemitério Nossa Senhora das Graças, em Duque de Caxias, também na Baixada Fluminense. O velório teve um momento de grande confusão quando o pai das duas crianças mortas chegou ao local. Familiares do policial o hostilizaram e tentaram agredir o homem, identificado apenas como Leonardo, tratado pela polícia como testemunha e não como suspeito do crime. A família não permitiu que o enterro fosse registrado.

Cristiano José Martins, policial que encontrou os corpos dos familiares, acompanhou o cortejo antes do enterro da mãe, duas criaças e mais um parente, em Duque de Caxias. A família de Cristiano foi encontrada morta na madrugada de quarta-feira (19). O policial encontrou os corpos ao chegar em casa. Segundo informações do 21º BPM (São João de Meiriti), o sargento encontrou o corpo da mãe, irmão e mais duas crianças. As vítimas foram identificadas como Helena, de 60 anos, Fernando, de 36, além das crianças Kauane, de 7 anos, e Hester, de 5. A Divisão de Homicídios da Baixada Fluminensedeve ouvir ainda nesta quinta o depoimento oficial do único sobrevivente de um ataque que terminou com quatro mortos, sendo duas crianças, em uma casa em São João de Meriti, na Baixada Fluminense. Ele foi levado na manhã desta quinta-feira (20) para fazer o exame de corpo de delito e voltaria ainda durante a tarde para ser ouvido.

"Não podemos descartar nada", disse o delegado André Barbosa, responsável pela investigação.

Nesta quarta, a polícia conseguiu encontrar a avó das crianças na comunidade Nova Holanda, no complexo da Maré, e ouviu detalhes sobre a relação dela com as duas crianças assassinadas durante o ataque.

Segundo ela, a mãe das duas meninas é uma moradora de rua é usuária de drogas. A polícia tenta localizá-la. O policial que encontrou os quatro mortos também foi ouvido novamente na quarta-feira.

A DHBF espera pelos resultados dos dados da perícia de local, assim como dos cabos de enxada e a faca, utilizados para cometer o crime e cujas manchas de sangue encontradas serão analisadas. O depoimento de outros vizinhos é considerado fundamental para as investigações da polícia.

O local onde ocorreu o crime fica perto do Morro do Azul. A polícia informou que as comunidades da região são comandadas por facções criminosas e ainda enfrentam a ameaça de instalação de uma milícia.

Foto: Henrique Coelho/G1Crédito: G1

20/10/2016