João Ferreira foi eleito logo no primeiro turno, mas sua coligação fez apenas cinco vereadores. Possíveis super poderes do vice-prefeito preocupam alguns aliados
Aliados já começam temer por supostos super poderes de vice-prefeito
SÃO JOÃO DE MERITI- Ninguém vota em candidato a vice-prefeito e sim no cabeça da chapa e a este cabe governar com auxilio de uma equipe de secretários que, se supõe, formada de pessoas competentes. Ao vice sobra a expectativa do cargo e, no máximo, uma função específica no governo, um cargo de secretário se o prefeito assim desejar, mas no município de São João de Meriti, na Baixada Fluminense, o que se comenta entre alguns aliados do prefeito eleito João Ferreira Neto, o Dr. João (PR), é que um “parlamentarismo” à brasileira estaria sendo implantado mesmo antes da sucessão de Sandro Matos (PHS), que deixará no governo dia 31 de dezembro.
Na última segunda-feira - quando João Ferreira posava para fotos ao lado dos prefeitos eleitos de Duque de Caxias, Belford Roxo e Nova Iguaçu - alguns membros do grupo do futuro governante meritiense mostravam preocupação com o que classificam como “excesso de força” do vice de João, o empresário Gelson Azevedo, que, dizem uns, será uma espécie de primeiro-ministro. “O vice-prefeito, ao que nos parece, está com muita força. O governo ainda nem começou e as movimentações já começaram. Se o Dr. João não mostrar logo quem vai dar as cartas, poderá ter problemas sérios em curto espaço de tempo. Tem muita gente na fila do beija-mão, mas não na ante-sala do prefeito. Isto é preocupante”, diz um aliado.
Outra preocupação é quanto a formação da nova mesa diretora da Câmara Municipal, já que a coligação que elegeu João Ferreira logo no primeiro turno conquistou apenas cinco das 21 cadeiras. “Creio que o grupo do prefeito Sandro Matos vai conseguir eleger o presidente da Casa. É que o Dr. João ganhou a eleição, mas não convenceu. A vitória, mesmo tendo ocorrido no primeiro turno, não foi expressiva, pois os adversários somaram mais de 111 mil votos e elegeram quase que a bancada toda de vereadores. Se o Iranildo (Campos, candidato a prefeito pelo PSD) crescesse um potinhos na última semana haveria segundo turno e a história poderia ser outra. Vamos torcer para dar tudo certo e para que o eleito seja prefeito de fato e não só de direito”, completa o aliado.
Crédito: Elizeu Pires
13/11/2016