Como se não bastasse a dor física provocada pela tragédia, ela sofre com outro problema: o descaso com o qual a empresa responsável por prestar assistência às vítimas estaria tratando o caso. Revoltada, a família já anunciou que pretende processar a empresa.
O papel de apoiar, que seria da Blanco, está sendo feito por vizinhos, que fazem o que podem para comprar medicamentos (já foram gastos mais de R$ 500), e colocar alimentos na dispensa, que está vazia.
“Estamos desesperados com essa situação de penúria. Se não fossem os vizinhos, não sei o que seria de nós. Depois do acidente, tudo ficou pior”, desabafa o marido de Maria, José Carlos Alves, 46, ajudante de lanterneiro, que está desempregado.
‘Plantado’ na sede da empresa
Ele relatou que a direção da empresa chegou a fazer contato com a família: “Ligaram pedindo que fosse até a sede da empresa, que fica em Queimados. Consegui dinheiro emprestado com os vizinhos e ao chegar lá, me deixaram esperando por quase uma hora. Acabei retornando pra casa, pois tinha deixado minha mulher sob os cuidados de uma vizinha. Eles estão empurrando o problema e nunca resolvem”, disse.
José acrescenta que um funcionário voltou a fazer contato com a família informando que remarcaria o encontro. Só que até o fechamento desta edição, a empresa não havia feito contato.
Enquanto isso, Maria Aparecida sofre de dor sobre uma cama, precisa de fraldas geriátricas e de uma ambulância para transportá-la até o Hospital da Posse para duas consultas médicas.
Quem quiser ajudar a família com doações pode ligar para o telefone (21) 96882- 0486 (whatsapp) ou entregar no seguinte endereço: Rua Jun- quilho, lote 24, quadra 06, Parque Primavera, em Itaguaí.
Via Jornal Hora H
Por Antônio Carlos