ITAGUAÍ- Prefeito eleito de Itaguaí, Carlo Busatto Junior, o Charlinho (PMDB), pode ser impedido de assumir o mandato. Ele foi condenado a 14 anos de prisão em regime fechado, nesta quarta-feira (30), em julgamento no Tribunal Regional Federal da 2ª Região.
Por unanimidade, os desembargadores consideraram Charlinho culpado por crimes na compra superfaturada de ambulâncias, conhecido como “Máfia das Sanguessugas”. Há possibilidade de Charlinho ser preso antes da diplomação, marcada para 16 de dezembro.
Em recente decisão, o Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou que réus com condenação em segunda instância podem ser presos mesmo que ainda tenham recursos pendentes. Agora, também é aguardada a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre a possibilidade de convocação de nova eleição em Itaguaí.
Os três desembargadores acataram denúncia do Ministério Público Federal de que Charlinho favoreceu empresas e aceitou propina para aquisição de ambulâncias em Itaguaí e Mangaratiba, onde também foi prefeito. Ainda de acordo com o MPF, entre os anos de 2000 e 2006, Charlinho fraudou licitações, superfaturou preços, além de omitir publicações na imprensa oficial e exigir marcas específicas de veículos.
Prefeito de Itaguaí entre 2005 e 2012, Charlinho havia sido condenado a 16 anos e dois meses de reclusão em regime fechado pelo Juízo da 2ª Vara Criminal do Rio, mas recorreu. Nesta quarta-feira (30), em segunda instância, o revés foi mantido contra o peemedebista. Ele ainda pode recorrer da decisão no STF.
Nas eleições de 2016, Charlinho foi o candidato a prefeito mais rico da Baixada Fluminense. Com patrimônio de R$ 26 milhões, o volume de bens cresceu 550% desde a sua última eleição. Em 2008, Charlinho declarara R$ 4 milhões.
Foto: Fábio Rossi / Extra
Via: Jornal extra
30/11/2016