- Não criei filho para matar ninguém. Tomamos a decisão juntos e resolvemos que ele iria se entregar. Por isso chamei a patrulha. Doeu. Peço perdão à família do pastor - disse ela, que é evangélica, na Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), onde seu filho foi ouvido.
A mulher ligou para a PM na manhã desta segunda-feira. Ela pediu que uma viatura fosse até a casa da família, também na Baixada. A equipe de policiais levou mãe e filho primeiro para a 64ª DP (São João de Meriti) e depois seguiu para a DHBF, responsável pela investigação da morte do pastor.
O menor teve a apreensão pedida à Justiça. Segundo o delegado Leandro Costa, da DHBF, uma testemunha reconheceu o adolescente como sendo o autor do disparo que atingiu o Marco Aurélio. Além disso, o garoto, em depoimento, confirmou ter atirado por ter confundido a muleta que o religioso manuseava com um fuzil.
- Esse menor já havia sido apreendido três vezes este ano, entre janeiro e março, por tráfico de drogas e associação para o tráfico - disse o delegado.
Marco Aurélio foi assassinado quando fazia a evangelização de traficantes. O pastor, que tinha três filhos, foi enterrado no domingo no Cemitério Jardim da Saudade, em Mesquita. Na ocasião, um dos filhos de Marco Aurélio garantiu que continuará o trabalho de evangelização do pai em comunidades dominadas pelo tráfico.
Por: Marcos Nunes
Crédito: Jornal Extra
Foto: Marcos Nunes
14/11/2016