Além da falta de transporte para os estudantes, pais e professores revelam que há precariedade na merenda escolar, farta também nos registros de despesas, pois entre julho e outubro deste ano a Prefeitura registrou quase R$ 5 milhões em despesas com aquisição de gêneros alimentícios com cinco empresas diferentes. A Comercial Castanho é uma delas: venceu uma licitação para fornecer - por R$ 367.184,36 - 18.396 quilos de filé de merluza da marca Frescatto, mas, revelam servidores da rede, o produto é coisa rara no prato das crianças.
Além do filé de peixe, a Castanho foi encarregada de fornecer de R$ 1.270.407,75 em gêneros alimentícios apontados no registro de preços como cereais e hortifrutigranjeiros. Também como cereais e hortifrutigranjeiros tem registros com as empresas 100% Embalagens e Distribuidora (R$ 552.374.33), Imediata Comércio (R$ 249.642,60), Bom de Minas (R$ 419.429,13) e dois com a Comércio de Alimentos Paraíso, um no total de R$ 1.477.612,00 e outro de R$ 647.601,83. Ao todo, só no segundo semestre desde ano A Secretaria de Educação realizou licitações para compra de merenda no total de exatos R$ 4.954.242,00, mas onde estão os produtos os servidores que precisam improvisar no dia a dia não sabem dizer.
Apesar de toda essa “fartura” nas despesas registradas pela Secretaria Municipal de Educação, o que se vê mesmo nas unidades de ensino, segundo relatam profissionais da rede, é a falta dos gêneros alimentícios. “A situação de falta de merenda (almoço e lanche) é geral em toda a rede. Algumas escolas e creches servem sopa, sem carne em muitos dos dias”, informa um servidor, revelando ainda que as unidades de difícil acesso nas quais as crianças mais sofrem com a falta de transportes são a Creche Municipal Estrelinha do Vale e as escolas Comandante Lellis de Souza, Fazenda Sernambetiba e Nelson Costa Mello.
Por: Elizeu Pires
Via: Elizeu Pires
22/11/2016