Os dois, que apresentaram-se como pai e filho aos agentes da especializada, relataram que possuem barracas em várias feiras da região, onde vendiam os produtos. Eles negaram, porém, a intenção de alterar a validade do material.
— Quando perguntamos sobre os carimbos, o mais velho afirmou que não sabia o que era, disse desconhecer. Essa parte da investigação será conduzida pela Delegacia do Consumidor (Decon) — explicou o delegado Mauricio Mendonça, titular da DRFC.
Além de diversos carimbos com a opção “fabricação” e “validade”, similares aos que constam tradicionalmente nos produtos, havia no galpão vários palitos. Uma das hipóteses é a de que eles fossem utilizados, junto de algum reagente químico, para apagar as datas antigas, antes da aplicação das novas. Contudo, só a perícia poderá esclarecer de que maneira se dava a possível fraude.
Local tinha itens importados
A maior parte da carga armazenada no galpão era de laticínios, como iogurtes, e embutidos, como salames e presuntos, tudo de empresas tradicionais. Havia até embalagens importadas de queijo de uma marca francesa.
Segundo a DRFC, os proprietários apresentaram nota fiscal de todo o material apreendido, que era comprado direto dos distribuidores ou em supermercados. A suspeita é de que a dupla adquirisse produtos próximos da data de validade, que costumam custar bem menos, e lucrassem com a remarcação.
Uma pequena amostragem do material foi separada e encaminhada à perícia. O restante, mesmo o que não estava vencido, será descartado, já que o local não apresentava condições ideais de armazenamento e refrigeração.
via: jornal extra
26/11/2016