“Nova Iguaçu está um caos. Minha primeira providência será montar um gabinete de crise para sanar as finanças da cidade. Hoje, a prefeitura é uma caixa preta. Precisamos fazer um minucioso raio-X da situação e redefinir prioridades. Enxugar a máquina. Gastar menos com a burocracia para empregar o dinheiro no que interessa, que é cuidar das pessoas”, anunciou Lisboa.
Ao ser questionado sobre se esperava a diferença grande de votos sobre o atual prefeito, Lisboa enfatizou. “Eu vi um sentimento de mudança na população. A velha política afundou a cidade. Nada funciona nesse governo. Salários atrasados, na saúde, prédios que não funcionam, não atendem às pessoas, na educação faltam merenda e professores. Por isso, as pessoas que encontrei na rua demonstravam claramente e com muita certeza de que queriam a renovação”, lembrou.
Quando Nelson Bornier assumiu a Prefeitura em 2013, ele fechou o local para balanço, e parece que Lisboa deve fazer o mesmo, entretanto de uma outra forma. “Nós vamos criar um gabinete de crise e auditar todas as contas. Mas isso não vai paralisar a prefeitura. Vamos ter que consertar o carro com ele andando. É mais difícil, mas não é impossível. E a população vai entender que estamos trabalhando. Não há nada que possa ser feito para consertar o que está errado na cidade que nós vamos deixar de fazer. Empreenderemos todos os esforços, trabalhando duro dia e noite”, garantiu.
Eleito no segundo turno, Rogério disse que vai auditar todos os contratos e rever ‘o que tiver que ser revisto’. “Vamos manter o que for justo e necessário para melhorar a vida das pessoas. A prioridade no nosso governo será cuidar das pessoas”, comentou Lisboa, que não quis antecipar nenhum nome para assumir alguma Secretaria. “Ainda não. Isso será decidido com tranquilidade e muita responsabilidade”.
Sobre segurança pública, um dos maiores anseios da população, a Guarda Municipal, deve sair do papel no primeiro ano de Lisboa como prefeito.
“Sim. Criaremos a Guarda Municipal em Nova Iguaçu para ajudar na segurança pública, coibir os pequenos delitos e proteger a população”, lembrou Lisboa, desmentindo que o Centro de Operações de Nova Iguaçu (CONIG), vá acabar em seu governo. “É um contrato que será auditado como todos os outros”, finalizou.
Rogério Lisboa foi eleito pela chapa (PR, PT, PEN, PC do B, PPS e PDT), que compõem a coligação ‘Trabalho, Fé e Humildade’. Lisboa havia tido sua candidatura indeferida pelo Tribunal Regional Eleitoral. No primeiro turno, Lisboa tinha conquistado 157.956 votos e chegou em primeiro, com 42,49% dos votos. No entanto, não teve votos computados devido à sua situação jurídica ou a de seu partido, segundo o site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O adversário, Nelson Bornier, chegou a ser considerado reeleito. Em 3 de outubro, o TRE deferiu a candidatura em definitivo.
Derrotado nas urnas, Nelson Bornier se manifestou nas redes sociais. (veja na íntegra): ”Queridos amigos, agradeço o apoio de cada um de vocês que permaneceram ao nosso lado. Obrigado aos 134.422 iguaçuanos pelo reconhecimento do nosso trabalho e por acreditarem que a mudança iria continuar. Assumimos essa gestão com a tarefa de recuperar o município. Olhamos para quem mais precisava, dando dignidade e qualidade de vida para aqueles que nunca foram vistos. Trabalhamos com garra e responsabilidade, e assim, transformamos Nova Iguaçu.
Para que esse avanço continuasse, fizemos uma campanha honesta e propositiva até o fim. Agora completamos essa fase de cabeça erguida e com total gratidão àqueles que estiveram ao nosso lado de maneira fiel e comprometida. Foi feita a democracia e respeitamos a escolha do povo. Esperamos, de coração, que o nosso adversário honre seus compromissos. Vamos continuar fazendo a nossa parte para que essa transição seja feita da melhor forma possível.
Estaremos sempre aqui, fiscalizando e cobrando a favor da nossa gente. Contem comigo e tenham a certeza de que continuarei trabalhando para o melhor da nossa cidade. Que Deus abençoe nossa querida Nova Iguaçu! Vamos seguir unidos porque #JuntosSomosMaisFortes.”, disse o prefeito.
Crédito: Jornal de hoje
01/11/2016
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