A criança continuou chorando, mas o casal decidiu não socorrê-la. Horas depois, na manhã desta quarta-feira, o bebê estava morto.
O casal acionou a PM, alegando Gabriel havia amanhecido morto. Inicialmente, o caso foi registrado na 61ª DP (Xerém). Mas, devido às contradições do casal, a Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) foi acionada:
— Ele dizia que a criança caiu da cama, depois que foi jogada para o alto e caiu. O perito constatou que criança estava com uma fratura na cabeça e hematomas nas costas e nas nádegas. Eles só confessaram aqui, mas não demonstraram arrependimento em momento algum — afirmou o delegado Willians Batista.
Na delegacia, o casal, que estava junto há aproximadamente um ano, afirmou também que Leandro já havia batido no bebê outras vezes. A mãe vai responder por homicídio. Já Leandro, por homicídio triplamente qualificado, por motivo torpe, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima.
Os três estavam passando uns dias na casa da mãe de Leandro, mas moravam em Magé. O pedreiro Wilson José dos Santos, de 52 anos, avô paterno da criança, morava com eles e disse que nunca viu nenhuma atitude de agressão por parte do casal:
— Eles foram passar uns dias em Xerém e voltariam na segunda, mas estavam sem dinheiro de passagem. Depois, soube do que aconteceu. Fiquei desesperado. Não sei como isso foi acontecer. Eu sempre vi ele tratando bem o filho.
O corpo do bebê está no IML de Duque de Caxias. Sirlene de Aguiar Bittencourt, tia da criança, disse que a família não tem condições financeiras de realizar o sepultamento:
— Não sabemos como vai ser. Está em torno de R$ 1,5 mil. A gente não tem esse dinheiro.
Por: Cintia Cruz
via: jornal extra
Foto: Cleber Júnior
08/12/2016