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Febre parecida com a chikungunya já deixa Rio e Baixada Fluminense em alerta

sábado, dezembro 10, 2016

/ by Jornal Destaque Baixada

“A preocupação é com o que chamamos de tríplice epidemia: dengue, zika e chikungunya. Claro que o Rio de Janeiro, por ter a peculiaridade de possuir uma fatia da Mata Atlântica, misturada ao seu espaço urbano, poderia apresentar a presença do Haemagogus, mas isso é algo que também precisa ser analisado com maior cuidado”, disse o diretor regional da Fiocruz no Mato Grosso do Sul, Rivaldo Venâncio, em evento no início deste mês no Rio.

Recentemente, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, alertou para um aumento significativo de casos de infecção pelo vírus chikungunya no Brasil em 2017. Os casos confirmados da doença aumentaram de 8.528 em 2015 para 134.910 em 2016 (aumento de 1.600% ou 15 vezes mais) e as suspeitas subiram quase dez vezes mais (de 26.763 para 251.051). Já os casos de infecção por dengue e pelo vírus Zika, segundo ele, devem se manter estáveis em relação ao registrado este ano. Das 138 mortes por febre chikungunya no país, cinco ocorreram no Rio.

Municípios têm que adotar prontuário eletrônico

Termina amanhã o prazo para que municípios brasileiros adotem o prontuário eletrônico nas unidades básicas de saúde. O Ministério da Saúde anunciou ontem que vai informatizar todo o sistema de processamento de informações de pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) a partir de março de 2017. Foram investidos R$ 67 milhões na compra de três supercomputadores que vão ampliar em até 10 vezes o armazenamento de dados. A ideia é racionalizar e fiscalizar melhor o uso dos recursos na saúde, a partir do histórico de atendimento dos pacientes.

Especialistas, porém, acreditam que o prazo estipulado pelo governo brasileiro para os municípios se integrarem ao sistema não deverá ser atendido pelas prefeituras. “A maioria dos municípios não terá condições de aderir, pois o principal problema é a infraestrutura local nas unidades de saúde”, destaca Luis Cruz, diretor da IHS, empresa responsável pela digitalização de cerca de 80% dos prontuários na maior parte das Clínicas de Família do Rio. “Antes de processar a informação, é preciso coletá-la, na ponta, onde o cuidado e a assistência ao paciente são realizados”, aponta.

Segundo ele, isso “implica rever infraestutura elétrica e pensar em cabeamento de rede local nas unidades, depois comprar computadores e impressoras, dar conexão à internet para a unidade de saúde”. O trabalho feito nas Clínicas da Família rendeu ao município, em novembro, um prêmio internacional na área de medicina da família.

A Baixada Fluminense também entrou no alerta máximo e por conta de atraso de salários, muitos funcionários da vigilância sanitária, já cruzaram os braços deixando espaço para o mosquito atuar.

Por: Rosayne Macedo
via: O dia
10/12/2016
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