Coordenador da equipe de vistoria, o médico Máximo Eloy Tomassi da Silveira, se reuniu na unidade com integrantes da Secretaria de Saúde para debater o projeto de recuperação do Hospital Jorge Julio Costa dos Santos (Joca) e de todas as unidades.
Tonassi destacou que para reabrir o hospital necessita urgente de insumos (seringas, gazes, luvas, esparadrapo, etc) e medicamentos. Ele enfatizou que alguns funcionários da unidade estão em greve alegando que o ex-prefeito deixou pelo menos três meses de salários atrasados. “Pretendo conversar com os responsáveis pelo movimento para resolvermos a situação, pois não adianta colocarmos o Joca para funcionar à meia-bomba. Temos que atender bem porque a população está sem nenhum tipo de cobertura na área da Saúde”, concluiu, enfatizando que nos próximos dias as 35 unidades básicas de saúde serão vistoriadas.
Inaugurado em 1998, o Hospital Municipal Jorge Julio Costa dos Santos tem dois centros cirúrgicos que nunca funcionaram. O local virou depósito de material sucateado e de dezenas de pacotes de blocos de atestado médico, entre outros documentos.
A sala de hipodermia (onde são injetados medicamentos sob a pele por meio de uma agulha), por exemplo, está sem medicamentos e sem cilindros de gás. Embaixo da pia, o mofo já se espalhou. Já na sala vermelha (local para atendimento grave no pronto-socorro), o desfibrilador, aparelho utilizado para reanimar pessoas com arritmia ou parada cardíaca, não funciona. Cinco ambus, usados para promover a ventilação artificial no paciente, estavam trancados em uma sala há vários meses sem uso.
Em precário estado, a sala de parada está com monitores sem funcionar e conta apenas um desfibrilador e um respirador. O laboratório da unidade, que atendia em média 250 pessoas por dia, está sem estoque de material. Os consultórios pediátricos também sofrem com o descaso.
O hospital tem dois aparelhos de raios-X: o fixo funciona, mas não tem filme. O móvel está com defeito. A situação é pior na farmácia, cujo estoque de medicamentos está praticamente zerado. O almoxarifado está com estoque para apenas 48 horas.
via: jornal de hoje
04/01/2017