“Senhoras e senhores, é hora da verdade!” O bordão já conhecido em eventos de MMA em todo o estado tem um dono: Fábio Leandro Neves Nunes, de 37 anos. Foi ele quem levou a melhor no Prêmio Osvaldo Paquetá 2016, na categoria announcer (locutor).
A premiação homenageia nomes do MMA anualmente e relembra a figura do mestre Osvaldo Paquetá, grande nome do jiu-jitsu. Morador do bairro Santa Amélia, em Belford Roxo, Fábio já conhecia a sensação de quase ter nas mãos o troféu do Oscar brasileiro do MMA. Foi indicado outras duas vezes para o prêmio, mas ficou entre os cinco finalistas.
— Depois que fiz o terceiro evento de MMA, fui indicado para o prêmio pela primeira vez, em 2013. Senti um pouco por não levar, mas só de ter sido indicado por jornalistas especializados, foi maravilhoso — conta Fábio.
No ano seguinte, veio a segunda indicação, mas a vitória só chegou mesmo na edição 2016. Este ano, o prêmio foi em solo carioca. A cerimônia foi realizada no último sábado, em Botafogo, na Zona Sul do Rio.
— Foi bacana porque ganhei em casa. Valeu a pena esperar todo esse tempo — comemora o premiado.
Fábio chega a fazer pelo menos um evento de MMA por mês. Seu diferencial? Ele mesmo revela:
— A maior parte dos eventos de MMA no Rio me contrata. Meu diferencial é a dedicação. Entendo que a estrela do evento é o atleta, e não o apresentador.
Conhecido como o Bruce Buffer brasileiro
O universo de MMA é recente na vida de Fábio Leandro, mas ele é experiente como locutor, função que começou a exercer aos 15 anos, em bailes e festas. Já adulto, foi trabalhar como locutor do Maracanã. Era um dos propagadores da famosa frase: “Suderj informa....”.
— Quando o Maracanã fechou definitivamente por causa das obras e depois soubemos que iria ser privatizado, comecei a procurar outras coisas na área da Comunicação — explica Fábio.
Enfermeiro de formação e servidor público, ele foi convidado por um amigo, organizador de um evento de MMA na Baixada, para ser o locutor. Dali não parou mais:
— Comecei a estudar para ver como era o comportamento de um apresentador. Logo depois do primeiro evento, algumas pessoas começaram a me associar ao Bruce Buffer — conta Fábio, referindo-se ao locutor norte-americano.
A luta inesquecível para Fábio foi entre Evangelista Cyborg e Melvim Manhoef, em 2014, no Gringo Super Fight, na RioSampa, em Nova Iguaçu.
Agora, após a premiação — promovida pelo jornalista Cristiano Martins, do site MMA Premium — Fábio só quer aproveitar o reconhecimento e seguir apresentando mais eventos do esporte.
Por: Cíntia Cruz
via: Jornal extra
16/02/2017