NOVA IGUAÇU - Os professores da rede municipal de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, aderiram à greve dos servidores municipais na manhã desta quinta-feira. Após uma assembleia realizada no Sindicato dos Profissionais da Educação do município, professores ativos e inativos protestaram em frente à sede da prefeitura pedindo o pagamento dos salários que estão atrasados.
Rogério Carmo, diretor do Sindicato dos Profissionais da Educação do município de Nova Iguaçu, disse que o motivo da manifestação são os salários atrasados desde novembro:
— O governo não apresenta nenhuma proposta para o pagamento dos salários. Fizemos uma assembleia e foi aprovada a greve dos professores por tempo indeterminado.
Na porta da prefeitura, profissionais da educação gritavam palavras de ordem contra o prefeito Rogério Lisboa (PR).
— A dificuldade é tanta que eu não tenho dinheiro para pagar passagem. Eu não estou pagando as contas, recebo ligação de cobrança todo dia. Está muito difícil mesmo — conta Andrea Kunzel, de 46 anos. Ela mora em Mesquita e trabalha na rede municipal em Nova Iguaçu.
Sem receber o pagamento de novembro, dezembro e o 13°, a professora aposentada Denise Serpa disse que está recorrendo ao cheque especial porque não tem dinheiro para pagar as contas:
— IPTU e IPVA estão aí e como é que a gente vai pagar? Eu tomo remédios controlados, preciso de receita médica e não tenho dinheiro para pagar plano de saúde. Tenho que recorrer a um sistema de saúde publica que não funciona.
O vice-prefeito e secretário municipal de Economia e Finanças de Nova Iguaçu, Carlos Ferreira (Ferreirinha), informou que a prefeitura já pagou o salário dos servidores municipais de janeiro em dia e prometeu pagar nesta sexta-feira metade do 13°. Quanto ao salários de novembro e dezembro, não há previsão:
— Não temos como pagar os salários atrasados. Estamos tentando e lamentar a arrecadação com buscando recursos da União e incrementando a receita — disse.
O EXTRA tentou contato com a Secretaria municipal de Educação, por meio da assessoria da prefeitura, para saber sobre o ano letivo da rede municipal após a declaração de greve dos professores, mas até a publicação desta reportagem ainda não havia obtido retorno.
Foto: Kleber Júnior/ Extra
via: Jornal Extra
03/02/2017