Nos depoimentos da delação premiada da Odebrecht, o senador petista Lindbergh Farias é apontado como beneficiário de 4,5 milhões de reais em propinas. Os recurso estão contabilizados no notório Setor de Operações Estruturadas da empreiteira e dizem respeito a repasses realizados ao petista nas campanhas de 2008 e 2010. Um dos principais cotados para assumir a presidência do partido, Lindbergh é identificado nas planilhas da corrupção com dois apelidos: “Lindinho” e “Feio”.
“Relatam os colaboradores o pagamento de vantagens indevidas não contabilizadas no âmbito da campanha eleitoral dos anos de 2008 e 2010, nos valores respectivos de 2 milhões de reais e 2,5 milhões de reais, que tinham como motivação o potencial de projeção do parlamentar. Os repasses foram implementados por meio do Setor de Operações Estruturadas do Grupo Odebrecht, sendo o beneficiário identificado no sistema ‘Drousys’ como ‘Feio’ e ‘Lindinho’”, relata o ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava-Jato, na decisão em que determina a abertura de inquérito contra o senador petista.
Segundo os delatores, em troca da propina milionária, Lindbergh, então prefeito de Nova Iguaçu (RJ), teria beneficiado a Odebrecht em contratos administrativos relacionados ao programa ‘Pró-Moradia’. O senador foi citado nas delações dos executivos Benedicto Barbosa da Silva Júnior e Leandro Andrade Azevedo.
Confira nota de posicionamento do senador Lindbergh Farias (PT-RJ):
“Mais uma vez confiarei que as investigações irão esclarecer os fatos e, assim como das outras vezes, estou convicto que o arquivamento será o único desfecho possível para esse processo. Novamente Justiça será feita”
Por Rodrigo Rangel, Daniel Pereira, Robson Bonin
Via: veja.abril.com.br
11/04/2017