Queimados recebeu no último sábado, 8, o maior espetáculo teatral a Céu aberto da Baixada Fluminense. A Encenação da Paixão de Cristo organização pela Secretaria Municipal de Cultura em parceria com igrejas da cidade, arrastou multidões pelas ruas do entorno da Praça dos Eucaliptos. O evento foi marcado por muita fé e emoção. Mais de 120 profissionais estiveram envolvidos, entre atores, figurantes, maquiadores, caracterizadores, figurinistas e pessoal da técnica. A iniciativa contou com o apoio da matriz Nossa Senhora da Conceição e das paróquias de São João Batista e São Francisco.
Jonathan Lima, que representou Jesus, disse ter sentido na pele o sofrimento do profeta. “Eu pude sentir na pele um pouquinho do sofrimento deste grande profeta, não somente pelas chicotadas verídicas que eu levei, (brincou), mas pelo grande apelo de amor ao próximo que ele tentava transmitir àquele povo. Eu fiquei muito emocionado de ver aquela multidão pedindo para libertar um ladrão em detrimento de um homem que só trazia mensagens de amor e paz, até hoje é revoltante”, lembrou o ator.
O Secretário de cultura Marcelo Lessa, chamou a atenção para o apelo da data e a importância de se reavaliar valores. “Este é um momento de reflexão da humanidade. Num tempo de tantas guerras e desunião dos povos, nada melhor do que relembrar a dor e a compaixão ao próximo na memória da Paixão de Cristo, o maior profeta de todos os séculos”, observou.
O diretor da peça, Paulo Vidal, aproveitou para agradecer ao trabalho voluntário de todos e já chamar a atenção para mais três espetáculos do mesmo porte. “Todos os atores trabalharam voluntariamente e com muita disposição e amor com o objetivo de manter viva a memória desta história de amor, que foi a vida de Jesus. Estamos nos preparando para um grande espetáculo em junho com nossa festa junina, o mês da bíblia em setembro e o Natal”, adiantou.
Meire Lessa acompanhou cada detalhe do espetáculo, muito emocionados. “Foi tudo muito lindo, estar ali no meio da praça vendo de tão perto ele sendo açoitado pelos soldados foi muito forte. Quando os guardas gritavam para que nos afastássemos eu me senti voltando no tempo, mas o momento em que Maria o pega no colo, o desespero daquela mãe, para nós que somos mães, fica mais forte ainda. Sem contar o sofrimento dele, achei tudo muito real,” relatou.
Por: Dine Estela
10/04/2017