Os moradores de Nova Iguaçu, José Carlos Souza Santos, de 45 anos (Esquerda), Denílson Marques, de 46 anos (centro) e Francisco José Domingues, de 50 anos (direita), decidiram não deixar isso passar em branco. Eles denunciaram concessionária de energia elétrica no Ministério Público.
Recentemente muitas residências da Baixada Fluminense tem recebido a visita de equipes das empresas Light e Ampla, detentoras de fornecimento de energia elétrica, o TOI (Termo de ocorrência de Inspeção). Poucos dias depois o consumidor recebe em sua residência uma carta informando que lhe foi atribuída uma multa por suposta irregularidade. Ocorre que quem fornece a energia elétrica é a mesma que inspeciona, que calcula e que recebe o valor da multa imposta, ou seja, o consumidor, que já não tem o direito de escolha, vez que se trata de monopólio, passa a ter duas opções: aceitar e pagar a multa que lhe foi imposta ou ter a interrupção do serviço. A alegação de que o procedimento está de acordo com a resolução nº 456/00 da ANEEL, tem sido corriqueiramente e combatida nos Tribunais.
"Estamos sendo culpados, massacrados por conta desta crise, estou me sentindo roubado pois fui reclamar e me disseram que a Light não erra, claro que estou processando e irei até o fim", disse o morador de Belford Roxo, Rogério Garcia de 45 anos.
"Estamos sendo culpados, massacrados por conta desta crise, estou me sentindo roubado pois fui reclamar e me disseram que a Light não erra, claro que estou processando e irei até o fim", disse o morador de Belford Roxo, Rogério Garcia de 45 anos.
O problema se agrava ainda mais quando os técnicos nem estiveram no local e mesmo assim, a empresa de energia manda a multa já parcelada afirmando da irregularidade encontrada. Os maiores atingidos são os idosos, pois nem sempre olham a conta e quando olham não podem ir reclamar. A empresa é campeã nos setores de reclamações, como Procon.
"Precisei ficar por dois meses fora por conta do meu trabalho, levei minha família comigo deixando minha casa aos olhos de minha sogra, a casa ficou fechada, quando retornei, encontrei a conta e nela havia já a multa parcelada, como pode isto? Não tenho gato, não irei pagar por erro de vizinhos, já está na justiça e a causa já é ganha", disse Rodrigo Motas morador de Queimados, de 35 anos.
"Precisei ficar por dois meses fora por conta do meu trabalho, levei minha família comigo deixando minha casa aos olhos de minha sogra, a casa ficou fechada, quando retornei, encontrei a conta e nela havia já a multa parcelada, como pode isto? Não tenho gato, não irei pagar por erro de vizinhos, já está na justiça e a causa já é ganha", disse Rodrigo Motas morador de Queimados, de 35 anos.
Após passar por apuros com a Light, Denilson Marques não se calou, procurou o Ministério Público e protocolou um pedido contra a empresa.
Caso você tenha sido "contemplado" com essa visita e tenha recebido uma injusta multa, procure seus direitos como Procon, fórum de sua cidade ou um advogado.
Por: Redação/ Jornal Destaque Baixada
17/05/2017