Os motoristas que circulam pelo Arco Metropolitano, via que liga Duque de Caxias a Itaguaí, sofrem com assaltos, falta de iluminação e de manutenção. A obra foi inaugurada em 2014 e custou R$ 2 bilhões. O local foi projetado para receber 30 mil veículos por dia, mas atualmente recebe só a metade, 15 mil.
Como comparação, a Autoestrada Lagoa-Barra, uma via dentro da cidade do Rio, tem movimento diário de veículos de 88.294 carros, quase seis vezes maior. Com poucos veículos circulando e sem fiscalização, não é raro encontrar carros seguindo na contramão, principalmente no trecho que dá acesso à Rodovia Presidente Dutra.
Quem circula pela área não encontra postos de combustíveis para reabastecer. O mato alto também é um problema, além da falta de limpeza na pista. Pedaços de peças que caíram dos carros também atrapalham a circulação. Muitos usuários têm uma história de violência para contar.
“Eu estava saindo do sítio, vindo pra minha casa em Nova Iguaçu, ao cruzar por cima da Via Dutra para pegar o retorno, saíram dois elementos por volta de 18h40, um deles armado, portando arma de fogo. Ele deu um tiro em cima do meu carro, para cima. Aí que eu percebi que era um assalto. Acelerei e fui embora no susto. Eu não sou de reagir assalto e não recomendo que reaja, mas infelizmente me assustei com aquela situação e acabei correndo. Não tenho mais coragem de andar no Arco Metropolitano à noite, essa é a verdade”, relatou o dentista Alexandre Cardoso.
Relatos de depredação e até de casos de violência sexual também são comuns. Durante as três horas que a equipe do Bom Dia Rio circulou no Arco Metropolitano apenas um carro da polícia foi visto. Ainda assim, a Polícia Militar declarou que o trabalho na região é ostensivo e feito 24 horas por dia. O Departamento de Estradas de Rodagem também foi questionado, mas não recebeu uma resposta.
A realização da obra também está sendo investigada na Operação Lava Jato. Ex-executivos da Odebrecht disseram que a licitação teve fraudes. As construtoras teriam sido previamente escolhidas.
Por: bom dia rio
via: G1
15/05/2017