Foto: Ivan Teixeira
Familiares do operador de telemarketing Carlos Henrique da Silva Mendes, de 30 anos, desaparecido desde o último dia 5, em Campo Grande, prosseguiram ontem a peregrinação que vêm fazendo em hospitais, IMLs e delegacias de toda a Baixada Fluminense desde que o carro que rapaz dirigia, um HB20 branco, foi encontrado estacionado, na esquina da Rua Mercúrio com a Estrada Rio São Paulo, próximo a uma boca de fumo em Jardim Paraíso, Nova Iguaçu.
O caso foi registrado na 48ª DP (Seropédica) no dia seguinte ao sumiço do jovem, mas até agora não há pistas de seu paradeiro. Desde que a família e amigos fizeram apelos nas redes sociais, várias informações vêm sendo passadas. “Muitas pessoas se mostram interessadas em ajudar e foi justamente a partir de denúncias anônimas que nós encontramos o carro do Carlos Henrique, que estava trancado e com marcas de sangue no teto e na porta. Nem a polícia quis ir ao local, nós é que tivemos que ir lá com a chave reserva e resgatar o veículo”, contou Vanessa Eiras, 32, prima de Carlos Henrique.
A família reclama da falta de empenho da polícia em elucidar o caso, já que outra ligação anônima informou que o jovem estaria sendo mantido e espancado por traficantes em Marapicu, local considerado pela polícia como área de risco. “Soubemos que o caso foi encaminhado para a Divisão de Homicídio da Baixada e estamos aqui em busca de novidades. Estamos desesperados, já visitamos hospitais e IMLs do Rio e da Baixada e nada do meu filho”, disse angustiada Solange Marinho, 46, mãe de Carlos Henrique.
O operador de telemarketing não tem antecedentes criminais. “Ele não bebe e nem usa drogas. É homossexual assumido e tememos ainda que tenha sido vítima de um crime de ódio devido à sua orientação sexual”, desabafou a mãe. O setor de Busca e Paradeiros da DHBF assumiu a investigação do caso.
Via: Jornal de hoje
13/06/2017