NOVA IGUAÇU - Uma comissão formada por mães com filhos atendidos pela Associação de Assistência a Criança Deficiente (AACD) de Nova Iguaçu foi recebida na manhã desta quinta-feira (29) pelo prefeito Rogerio Lisboa. Na pauta foram discutidas as soluções de parceria e apoio às mães com objetivo de evitar o fechamento da instituição, anunciado pela direção da AACD este mês com previsão de fechamento para setembro deste ano.
A AACD alega atrasos no pagamento dos repasses. Porém, durante o encontro foram apresentados documentos que comprovavam que a atual gestão municipal repassou esse ano cerca de R$ 695 mil para AACD referentes aos meses de janeiro, fevereiro e marco de 2017 e parte da dívida deixada pela gestão anterior. Elas são pagas de acordo com a apresentação do faturamento de produção. Desde março a AACD não apresenta faturas para que a prefeitura faça os repasses.
Segundo o prefeito, os atrasos existentes foram os deixados pela gestão passada, no total de R$ 1.571.422,35, referentes aos meses de setembro, outubro, novembro e dezembro, sendo que parte deste valor, já foi pago pelo atual governo.
Depois do encontro, junto com as mães, o prefeito foi até a sede da AACD, no bairro Jardim da Viga, buscar mais um diálogo com a direção da instituição. A proposta é que a AACD cumpra o acordo assinado com a prefeitura em 21 de março deste ano, no qual a associação se comprometeu a continuar o tratamento até março de 2018. Após este período, caso a AACD não renove o contrato, a prefeitura buscará um entendimento com o Governo do Estado para continuar o atendimento dos 230 pacientes, sendo 160 moradores de Nova Iguaçu. A diretora da AACD, Luciana Martins, informou que irá avaliar a proposta e dará uma resposta nos próximos dias.
“A prefeitura quer que a AACD permaneça na cidade. Se a justificativa são os atrasos deixados pela gestão passada, a atual gestão se compromete a pagar, mas precisamos que a AACD cumpra o contrato. Se for preciso, vamos firmar este compromisso através de um TAC (Termo de Ajuste de Conduta). O que não podemos permitir é que o tratamento de centenas de crianças seja interrompido e essas criança impedidas de ter uma chance de recuperação. É uma política nacional da AACD fechar todas as unidades do país, mas vamos brigar para que isto não aconteça em Nova Iguaçu”, afirma Lisboa.
A notícia foi recebida com esperança pelas famílias assistidas na AACD. “O que sempre nos foi passado é que a prefeitura devia a AACD e por isso iriam parar de atender. Mas vimos hoje que não é verdade. Saímos desta reunião com mais um reforço na nossa luta. Agora sabemos que a prefeitura está do nosso lado”, disse Elaine Motta, mãe da pequena Ana Carolina, de dois anos.
29/06/2017