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São João de Meriti e Duque de Caxias sobem no ranking de assaltos

domingo, junho 18, 2017

/ by Jornal Destaque Baixada

Em Vilar dos Teles, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, o maior número de roubos de veículos: foram 9 mil no mesmo período. Em Duque de Caxias, houve 8 mil roubos a transeuntes entre 2013 e 2017.

A delegacia mais movimentada do Rio é a 59ª DP, em Duque de Caxias. Em três horas, foram registradas pelo menos 20 ocorrências. Apenas uma pessoa aceitou falar.

"Estava indo trabalhar, e ao passar em frente ao shopping, um elemento em uma moto me pediu o celular. Eu disse que não tinha. Ele me disse: 'me dá a carteira', e começou a me revistar, disse que ia me dar tiro se eu não entregasse a carteira", contou a vítima, que disse ter sido assaltada pela terceira vez.

A alta de homicídios, segundo o delegado titular da Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense, é algo que ocorre devido à dinâmica do crime na região. "Nós temos bolsões de pobreza muito acentuados, nós temos facções criminosas que dominam territórios e matam-se entre si, e forças de resistência, como se denominam os milicianos, grupos de extermínio, que resistem ao avanço do tráfico e também matam", explica ele, responsável pela unidade que apura os casos de 13 municípios. Drones inclusive são utilizados nas operações, que são definidas através da divisão da Baixada em manchas criminais.

O delegado também diz que os números escondem a própria história da região, com nomes como casos como o "Homem da Capa Preta", "Mão Branca", além de chacinas como a de 2005, a maior da história do Rio. Ele também argumenta que a taxa de resolução de assassinatos aumentou de 6% para 30% desde 2010.

O pesquisador responsável pelo trabalho, Riley Rodrigues, da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro, avalia que houve um enfraquecimento da segurança na Baixada após a implantação das UPPs na capital, desde 2008. "Você tem um desenvolvimento econômico mais frágil na Baixada e um menor policiamento, seja ostensivo, seja investigativo. Depois, com a instalação das UPPs, houve uma migração desses atos de violência, já que essas ações não avançaram para aquela região", afirmou Riley.
via: G1
18/06/2017
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