A gestora da Associação de Assistência a Criança Deficiente (AACD) em Nova Iguaçu, Luciana Martins, confirmou presença hoje na audiência pública que acontecerá às 13h, no fórum da cidade, para decidir se a instituição mantém o atendimento aos 230 pacientes no município.
O encontro na Justiça conta ainda com as presenças do prefeito Rogerio Lisboa (PR), além de funcionários, pais de crianças e de adultos que fazem tratamento há vários anos na AACD, que já anunciou o encerramento de suas atividades, no bairro Jardim da Viga, no dia 30 de setembro.
Ao ser questionada se o Conselho Administrativo da AACD acataria a decisão da audiência pública ou manteria a posição anterior, de encerrar as atividades, Luciana adiantou o seguinte: “só vamos falar a verdade”, e que “essa decisão (de permanecer) é do Conselho da AACD”. A verdade a que ela se refere, como já disse anteriormente, é que o Conselho não confia mais na palavra do prefeito Rogerio Lisboa, que teria tratado encontros e não compareceu.
Essa posição, como já dissera Luciana, seria mantida, mesmo diante da promessa do governo, de pagar todas as dívidas, mais de R$ 600 mil, desde que o atendimento continue até a data que reza o contrato, em março de 2018.
De acordo com Gilcimeire Alves, 40 anos, mãe de Sophia, 7, que recebe assistência na AACD, “é muito grande a expectativa das 230 famílias que tem filhos e parentes sendo tratados na entidade e nós esperamos que tudo seja resolvido em favor dos pacientes, pois estamos esperançosos de que o Conselho mude a decisão e permaneça em Nova Iguaçu”. Ela diz ainda que os pais não querem a municipalização dos serviços.
“Se a AACD passar a pertencer à prefeitura, os salários vão baixar, pois ela (a prefeitura) paga menos. “Assim, a gente teme que a qualidade do serviço também possa cair, por causa dos salários mais baixos”, avalia Gilcimeire.
Por Davi de Castro
Foto: Ivan Teixeira
via: Jornal de hoje
13/07/2017