A 1ª Vara criminal de Nova Iguaçu condenou, nesta quarta-feira, Elen Cristina Curi, de 23 anos, a 30 anos de prisão pelo assassinato do namorado, Felipe Lavinas. O crime ocorreu em maio do ano passado.
Segundo a sentença, Elen foi a mandante do crime de roubo seguido de morte e facilitou a entrada dos assassinos na casa de Felipe, que era dono de duas academias na Baixada Fluminense. Ela poderá recorrer em liberdade.
“Considerando-se as circunstâncias do delito, tendo sido praticado da forma mais vil possível, eis que a ré, valendo-se do sentimento nutrido pela vítima por ela, aproveitou da sua condição de namorada, revelando personalidade desprezível, execrável ela coube dar toda a intimidade da vítima e a deixar vulnerável para que ao final fosse largado em uma calçada, com três tiros na nuca. Com frieza arquitetou toda ação criminosa, desde os atos preparatórios, devendo, por tais motivos, a pensa base ser fixada acima do mínimo legal”, escreveu a juíza na sentença.
Um dos comparsas, Luigi Sirino dos Santos, também foi condenado e deverá cumprir vinte anos de prisão em regime fechado.
Elen aguardava julgamemto em liberdade
A Polícia Civil havia prendido, em maio de 2016, Elen como suspeita de planejar o assassinato do empresário de 27 anos. Apontada pela polícia como a responsável por encomendar a morte de Lavina, ela deixou o sistema penitenciário no dia 25 de maio de 2016, por força de um habeas corpus. Ela estava presa na Cadeia Pública Joaquim Ferreira, no Complexo de Gericinó, em Bangu.
Felipe foi morto na frente de Elen, no dia 25 de outubro, em Mesquita, na Baixada Fluminense. Segundo agentes da Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), Elen teve a prisão preventiva decretada após prestar depoimento.
Em depoimento na DHBF, no fim de outubro, Elen contou que foi vendada e agredida pelos criminosos. A mulher também afirmou que os suspeitos chegaram à casa do empresário chamando-o pelo nome.
A vítima foi morta com pelo menos um tiro na cabeça no dia do aniversário do filho. Os criminosos ainda teriam levado R$ 10 mil em dinheiro, além de roupas e objetos da casa do empresário.
Agentes da DHBF também apreenderam um menor de 17 anos, acusado de participação na morte de Felipe. Ele contou ter tomado conta da residência da vítima enquanto ela era abordada e retirada do local.
Outros três acusados do crime teriam sido assassinados por traficantes da comunidade da Chatuba por causa da repercussão do caso.
Foto: Cléber Júnior
via: jornal extra
19/07/2017