BAIXADA FLUMINENSE - Umbandistas e candomblecistas vítimas de agressão, terreiros invadidos e furtos de imagens sagradas. Atos violentos como estes aconteceram no município de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, praticamente em todos os dias na última semana. A Secretaria de Estado de Direitos Humanos e Políticas para Mulheres e Idosos (SEDHMI) recebeu seis denúncias de casos de intolerância religiosa entre os dias 24 e 31 de agosto em Nova Iguaçu. A Baixada Fluminense conta com 1.026 casas de matriz africana, segundo dados da SEDHMI. O município com o maior número de terreiros é Nova Iguaçu, são 253, seguido por Duque de Caxias (220), Belford Roxo (166), São João de Meriti (113) e Mesquita (79).
O caso mais recente de intolerância religiosa aconteceu na última quarta-feira (30). O Centro Espírita Unidos pela Fé, que fica em Austin, foi invadido, imagens de santos foram furtadas, as louças usadas nos cultos e objetos foram quebrados.
O registro policial de casos de intolerância é importante para que estes crimes não fiquem sem punição: “Muitas vezes estes casos são registrados como briga de vizinhos, e não como intolerância religiosa. Isso gera uma subnotificação, o que dificulta o mapeamento destes crismes e, consequentemente, a criação de políticas públicas de combate ao preconceito contra esses segmentos religiosos”, explica o secretário de Direitos Humanos, Átila A. Nunes.
Casos de Intolerância religiosa e todo tipo de preconceito podem ser denunciados através do Disque Combate ao Preconceito, no telefone (21) 2334 9551. O serviço funciona de segunda a sexta-feira, das 10h às 16h.
Por: Edição/ Jornal Destaque Baixada
31/08/2017