Matéria; Rafael Soares
DUQUE DE CAXIAS - Gustavo Figueiredo, de 36 anos, morto na frente dos três filhos num ataque em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, no último sábado, estava marcado para morrer. Parentes do homem contaram ao EXTRA que ele vinha sofrendo ameaças e, um mês antes do crime, conseguiu fugir de outro ataque próximo de casa. No segundo ataque, o carro onde estava com os três filhos foi atingido por mais de cem disparos. Gustavo já chegou morto ao Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) de Saracuruna. Seu filho mais velho, Caíque Lucas Correia, de 13 anos, morreu na madrugada deste domingo. Os dois filhos mais novos, de 3 e 8 anos, sobreviveram depois de se esconderem embaixo do banco do veículo.
— Há um mês já atiraram nele e ele só sobreviveu porque fugiu carregando o filho mais novo, de 3 anos. O motivo ainda não sabemos ao certo. Ele era responsável pela segurança do bairro onde morava, mas tinha parado com isso. Os meninos que sobreviveram lembram de tudo que aconteceu e contaram detalhes. Eles dizem que os bandidos, antes de atirar, começaram a xingar o pai deles — contou uma parente de Gustavo, sob a condição de anonimato.
O ataque aconteceu quando pai e os três filhos voltavam de um churrasco na Vila Urussaí, sub-bairro de Saracuruna. Na ocasião, bandidos passaram em outro carro atirando contra o veículo da família. A investigação do crime está a cargo da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF).
Gustavo tem duas passagens pela polícia. Em abril deste ano, sua ex-mulher fez um registro contra ele por ameaça. Segundo a mulher, Gustavo “já efetuou disparo de arma de fogo” contra ela. Já em maio de 2015, o homem foi detido pela polícia por porte ilegal de arma. Na ocasião, foi encontrado, no porta-malas do carro onde estava, um “revólver calibre 38, municiado com cinco munições intactas, com número de série suprimido”. Aos policiais, ele afirmou andar armado “pois o local onde reside é muito perigoso”.
via: jornal Extra
11/09/2017