Reportagem; Por Henrique Coelho
A polícia ainda não tem confirmada a motivação do ataque a um bar em Queimados, na Baixada Fluminense, que resultou na morte de duas pessoas e deixou outras sete feridas, mas de acordo com o delegado da Divisão de Homicídios, uma das hipóteses é a versão dada por uma das testemunhas do crime.
Segundo a polícia, uma das testemunhas, ao chegar ao bar, teria ouvido que o ataque foi uma represália à uma parada LGBT que seria realizada na região no final da tarde de domingo. Os traficantes, que não teriam autorizado o desfile, teriam ordenado um “banho de sangue” para mostrar quem “manda”.
“Essa é uma das linhas, mas nenhuma linha de investigação está afastada. As vítimas sobreviventes e outras testemunhas serão ouvidas e imagens de câmeras de segurança estão sendo analisadas visando melhor compreender a dinâmica do crime e identificar os autores”, explicou o delegado titular da DHBF, Giniton Lages.
Ainda de acordo com a polícia, pessoas ligadas ao Morro São Simão teriam dito que a ação aconteceu como represália e o local para o ataque teria sido escolhido de forma aleatória.
A primeira vítima, Edésio Virgino, morreu logo após dar entrada no hospital, no domingo, e Mauricio dos Santos Jesus Nascimento teve a morte confirmada na manhã desta segunda (9) pela Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense. Outra linha de investigação é a disputa entre traficantes e milicianos da região.
Indignado com a violência, um amigo de Edésio garantiu que ele era trabalhador. “Ele é trabalhador. Nunca fez nada a ninguém. Nunca, nunca. É por isso que está todo mundo comovido. Ele nunca fez nada, nada”, disse o amigo.
No fim da tarde, a PM encontrou um dos carros usados pelos criminosos a menos de um quilômetro do local do ataque ao bar, no bairro de Santa Isabel.
Via: G1 RJ
09/10/2017