Jéssica Lauritzen
Ruan César Belmiro, de 26 anos, proprietário de uma lanchonete em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, registrou um boletim de ocorrência na 64ª DP, na última segunda-feira, para se defender de acusações de roubo que circulam nas redes sociais.
O morador de Vilar dos Teles afirma ser vítima de calúnia e difamação desde a última sexta-feira, quando começou a ver publicações no Facebook - com seu nome e foto - de que ele teria roubado o celular de uma mulher. De acordo com ele, a notícia teria sido publicada em pelo menos três páginas na rede social, sendo que duas são associadas à região de Bangu e outra ao bairro de Realengo. Algumas já excluíram o post, a pedido dele, mas devido ao número significativo de compartilhamentos ele ainda teme por sua segurança.
No post que circulou na web, a mensagem diz "Telefone da minha irmã foi roubado e essa pessoa está usando o número de telefone dela, favor quem puder compartilhar e souber quem é essa pessoa nos informar".
Conforme o relato e prints de conversas enviados ao EXTRA, Belmiro afirma ter tido conhecimento da situação quando dois dias depois de comprar um chip para o seu celular, em setembro, começou a receber ligações no nome de uma mulher, inclusive de cobranças. Depois, ele foi procurado pela própria e também por parentes dela dizendo que o celular havia sido roubado, também em setembro, e que ela não havia bloqueado o chip.
Segundo ele, mesmo com as explicações de que comprou o chip em uma loja e habilitou para o seu CPF na operadora Vivo, a irmã daquela mulher espalhou a notícia nas redes sociais. Ele foi avisado de que seu nome e foto estavam expostos dessa forma por um amigo. De lá para cá, ele diz não ter recebido mais nenhum contato.
Agora, algumas páginas no Facebook estão dando apoio a Belmiro, compartilhando uma mensagem escrita por ele em seu perfil na rede social. Sua publicação já teve mais de 13 mil compartilhamentos.
"Hoje fui acusado de roubo. Infelizmente tive o azar de comprar um chip da Vivo na loja porém uma mulher também tem o mesmo número, ou seja, clonado, só que ela foi roubada. E eu na minha inocênciaativei meu WhatsApp e postei minha foto, sendo que a dona e os demais parentes e amigos estão entrando em contato comigo e eu já expliquei diversas vezes que eu comprei esse chip na loja e cadastrei meu CPF, comprei pra falar com meu filho, agora está aí minha foto sendo acusado como ladrão. Isso pode me gerar um imenso problema porque posso ser linchado ou até morto por isso. Sou trabalhador e não ladrão", escreveu o autônomo, que está à frente do negócio Lig-Lig Yakisoba / Pretinho Lanches.
Além de fazer o boletim de ocorrências, Belmiro afirma que já está em contato com a operadora para solucionar o caso e que recorrerá à Justiça para limpar sua imagem.
- Eu liguei para a Vivo pra eles me esclarecem. O telefone dela tem o mesmo número que o meu. Ela foi roubada em setembro. E, em setembro, eu comprei o chip. Eles abriram um protocolo para atendimento - contou.
Sua maior preocupação ainda é ser alvo de ataques com sua família: