Um café da manhã bem descontraído com muito bate papo e homenagens foi oferecido aos alunos de karatê da Vila Olímpica de Belford Roxo. A iniciativa da Prefeitura, através da Secretaria de Esporte e Lazer, contou com a presença dos campeões brasileiros que disputaram na Bahia e os recentes campeões estaduais que levaram o município ao 4º lugar no placar geral. Já nesta sexta-feira (15), será a vez dos atletas de Jiu Jitsu receberem uma homenagem com café da manhã. Recentemente, aconteceu a graduação (mudança de faixa) de cerca de 20 Jiujiteiros.
O secretário de Esporte e Lazer, Celso Miranda, falou sobre a importância dos atletas da Vila Olímpica serem reconhecidos. “Temos atletas excelentes conosco e não é justo que eles sempre fiquem na sombra. Muitas dificuldades estão sendo superadas pelo prefeito Waguinho para que essa situação se reverta e que cada cidadão de Belford Roxo sinta orgulho de ser representado por esses jovens. Vamos lutar pelo esporte da nossa cidade”, disse o secretário.
Segundo o secretário adjunto da pasta, Brayan Lima, esse foi um momento de alegria para os caratecas. “Mesmo em meio de tantas dificuldades, nossos atletas são guerreiros e heróis. Passamos a eles que devem sempre se orgulhar de onde vieram”, disse Brayan. De acordo com o secretário executivo, Maurício Fidelis, as pessoas iriam se emocionar com o que as famílias desses jovens passam para que eles pratiquem o esporte. “São história transformadoras e cada uma tem seu valor”, disse. Maurício elogiou ainda o professor de Karatê da Vila pelo belo trabalho.
Histórias de superação
De acordo com o professor de Karatê da Vila Olímpica, Ademir Gonçalves, a modalidade nunca teve reconhecimento como agora. “Estamos trabalhando bastante para dar orgulho a nossa cidade. Apesar de trabalhar há anos na Vila, nosso trabalhando continua visando direcionar nossos alunos para o caminho do bem. Acredito que com o apoio da Prefeitura podemos ir longe”, disse o professor.
As irmãs Rayza Venâncio de Oliveira, 15 anos e Mayane Venâncio de Oliveira, 13, afirmam que a modalidade as aproximou muito. “Eu tenho uma doença de pele chamada psoríase, e realizar alguma atividade ajuda a aliviar o estresse e evitar crises da doença. Fazer aulas junto com a minha irmã é um incentivo enorme”, disse Rayza. “Depois que começamos a praticar karatê, ficamos mais unidas, fazemos tudo juntas. E eu sempre digo que os quimonos são nossas armaduras e nossas luvas, as espadas”, disse Mayane.
Os amigos, Juan Vitor da Silva, 17, e Mariana Martins, 15, eram crianças briguentas e precisavam de alguma atividade para focar. “Queríamos sempre brigar. Nossas mães nos colocaram no karatê e foi onde aprendemos a ter disciplina”, disseram. Os jovens têm o sonho de chegar as Olimpíadas. Já Júlia Ellen, 17, era uma criança hiperativa. “Minha mãe precisava me colocar em algum esporte. Estou há seis anos na modalidade e estou treinando para ir às Olimpíadas”, disse Júlia.
Com apenas três meses lutando karatê, Rebeca Vilar, 12 já é vice-campeã carioca. “Assisti meus primos mais novos fazendo a aula e me interessei. Ainda não sei se irei tentar um futuro na modalidade, mas quero continuar praticando”, disse Rebeca.