BELFORD ROXO - O Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Rio e o Nucleo de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro da Polícia Civil realizam, na manhã desta quarta-feira (10), operação contra lavagem de dinheiro no município de Belford Roxo. São cumpridos 36 mandados de busca e apreensão na Baixada Fluminense e na Zona Oeste do Rio.
Entre os alvos da ação estão as residências do ex-prefeito de Belford Roxo, Adelino Braulino dos Santos, e o ex-secretário de Administração do Município, João Magalhães da Silva. A operação conta com o apoio dos Departamentos Gerais de Polícia Especializada, de Polícia da Capital e da Baixada.
A ação colhe provas de um suposto esquema de desvio de recursos públicos na Saúde daquela prefeitura, na gestão de 2013 a 2016. As operações consideradas atípicas pelo grupo chegam a R$ 34,5 milhões. Os investigados tiveram as contas bancárias bloqueadas, além da apreensão de veículos e a indisponibilidade de imóveis.
Os agentes apreenderam vários veículos no galpão do ex-secretário.
As suspeitas pairam sobre a contratação de empresas para a prestação de serviços e diagnósticos médicos ligadas ao ex-secretário.
O MP e a Polícia também suspeitam de um esquema de funcionários fantasmas. Servidores ligados ao esquema tiveram evolução patrimonial incompatível com seus rendimentos, de acordo com procuradores e policiais.
Ainda segundo as investigações, o ex-secretário e outros suspeitos tiveram movimentação financeira muito superior aos seus rendimentos declarados no período. Na casa do filho do ex-secretário, os policiais encontraram R$ 32 mil.
Nas contas bancárias dos investigados e de empresas contratadas pelo município, constituídas em sua maioria por “laranjas”, foi constatada intensa movimentação financeira entre pessoas ligadas aos membros da alta administração da cidade entre os anos de 2013 e 2016.
Foi identificada, ainda, a triangulação de valores entre contas bancárias dos investigados, o que seria uma técnica para lavar o dinheiro obtido por meio dos contratos fraudulentos.
Além dos mandados de busca e apreensão, a Justiça também determinou o bloqueio cautelar das contas bancárias dos suspeitos e a indisponibilidade de veículos e bens imóveis dos envolvidos.
A Prefeitura emitiu uma nota sobre a ação da Polícia!
Sobre o questionamento informamos: a ação do Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) em conjunto com o Ministério Público e o Núcleo de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro da Policia Civil, ocorrida nesta manhã (10), na sede da Prefeitura não diz respeito à gestão atual de governo da cidade: O processo de investigação nº 0012102-69.2016.8.19.0008 foi iniciado em 2016 e atual administração assumiu em janeiro de 2017. Informamos ainda que a Prefeitura, acatou prontamente, ao Mandado de Busca e Apreensão, expedido pela juíza em exercício, Aline Maria Gomes Massoni da Costa, da 2ª Vara Criminal de Belford Roxo e está colaborando para o desempenho e êxito das investigações por parte do Poder Judiciário e da Polícia Civil.
Via G1
10/01/2018