NOVA IGUAÇU - Localizado no bairro de Santa Eugênia, em Nova Iguaçu, o supermercado Extra tem se tornado palco de confusões. No último dia 2, uma discussão entre clientes terminou em pancadaria e até uma caixa do mercado foi agredida. Quatro dias depois, ela foi demitida. Segundo a ex-funcionária do Extra, Flávia Pastor, de 38 anos, tudo começou quando um grupo de jovens já teria entrado alterado no local. Ela conta que uma mulher que guardava a fila para o marido, o chamou para passar os produtos no caixa, onde também estaria o grupo, que teria impedido a passagem de clientes.
“Houve uma discussão e fiz um movimento para chamar o segurança. Meu fiscal veio e expliquei o que estava acontecendo. Disse que não era para tirar a moça, pois quem estava fazendo a confusão era o agressor. Ele jogou um engradado na esteira e começou a me xingar, colocando o dedo na minha cara. Eu pedi para tirar o dedo e como não tirou, dei um tapa na mão dele, e ele deu um soco e me defendi. Ele gritava. Me colocaram numa sala e mostrei meu braço que estava machucado. A prevenção do Extra não fez nada”, lembra Flávia.
Ainda segundo ela, outros clientes que estavam próximo e testemunharam a confusão, teriam partido pra cima do agressor.
“Quem tomou minhas dores foram os clientes e um deles foi pra cima do agressor, que o derrubou. O agressor fugiu e um cliente jogou até um cone em cima dele. Fiquei revoltada, pois além de não ter tido apoio da segurança do mercado, ainda tive que ir andando até a delegacia para fazer um registro, que ainda não foi feito porque não consegui o endereço da casa do agressor, que teria o nome de Jonatan Cavalcante. Ainda perdi meu emprego quatro dias após ser agredida”, disse revoltada.
Após a confusão dentro do mercado, o suposto agressor deixou o local xingando todo mundo que via pela frente. Duas pessoas o perseguiram, e um homem moreno por pouco não o agrediu. Ele foi impedido por uma mulher e outras pessoas. Enquanto isso, outro homem chamou o agressor para briga e os dois trocaram socos e chutes. Eles chegaram a cair no chão. O homem que teria agredido a caixa do Extra fugiu num carro e até um cone foi jogado sobre o veículo. O grupo fugiu, escapando de um possível linchamento, já que vários clientes estavam revoltados. Um deles gritava: “Entra aqui, xinga todo mundo e ainda bate numa mulher que estava trabalhando. Cadê o respeito?”, indagou um rapaz.
De acordo com Flávia, no Extra há seguranças e circuito de câmeras. “O Extra tem câmeras, mas para eles, consta que eu, por dar o tapa na mão do agressor, comecei com a confusão. Lá tem dois seguranças de empresa particular que andam armados por causa dos assaltos que vinham acontecendo. Não penso em processar ninguém. Só quero descobrir o número da casa do agressor para fazer o boletim de ocorrência”, afirmou.
O Extra de Santa Eugênia têm contabilizado casos de polícia. No dia 27 de maio do ano passado, bandidos armados de pistolas e revólveres entraram no local e se passaram por clientes, chegando ainda a reclamar do preço dos produtos.
Eles anunciaram o assalto e fizeram a ‘limpa’ em pelo menos três caixas. Um bandido ainda agrediu uma funcionária com dois tapas no ombro e apontou a arma para seu rosto. Eles também chegaram a efetuar dois disparos para o alto e fugiram em seguida. Funcionários do mercado entraram em pânico e houve correria dentro do local.
Na fuga, bandidos ainda roubaram o rádio de comunicação do segurança, que estava desarmado. Alguns clientes se esconderam dentro do setor do açougue do Extra, que minutos depois fechou as portas. Já no dia 11 de outubro, criminosos fortemente armados tentaram assaltar o estabelecimento, mas foram surpreendidos por policiais militares que estavam no estabelecimento. Houve perseguição e os bandidos fugiram.
A Equipe tentou contato com o estabelecimento, porém não obtivemos retorno.
via: Jornal de hoje
10/02/2018
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