Conscientizar a comunidade escolar sobre os riscos de deslizamentos e inundações foi um dos objetivos da palestra com uso de um Simulador de Fenômenos Naturais, dentro de uma caixa de areia, realizados nesta quarta-feira (6) na Escola Municipal Douglas Brasil, no bairro da Cerâmica, pelo professor adjunto da faculdade de geologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e coordenador do Centro de Pesquisas e Estudos sobre Desastres Naturais (CEPED), Francisco Dourado.
O uso do simulador faz parte do “Projeto Escola Segura: desenvolvendo a resiliência através da educação”, parceria entre a Secretaria de Educação, a Subsecretaria de Proteção e Defesa Civil de Nova Iguaçu e a UERJ, que oferece aos estudantes, professores e funcionários treinamento para desocupação preventiva das unidades de ensino em situações de emergência, com criação de um plano de contingência para cada unidade, além de palestras e atividades lúdicas com ações preventivas para evitar acidentes.
“É uma palestra sobre desastres naturais, que podem ser os movimentos de massa ou deslizamento e inundações. Explicamos como eles ocorrem e oque fazer para evitar as consequências destes desastres. Podemos diminuir os prejuízos humanos e financeiros, como perda de vidas e casas. Queremos conscientizar esses alunos. Dentro de uma caixa de areia, que é um projeto de uma universidade da Califórnia, simulamos o movimento de massa e inundações”, afirmou o professor Francisco Dourado.
As projeções na caixa de areia proporcionaram aos cerca de 50 alunos, através do jogo de cores e interações sensoriais, uma compreensão das formações de relevos e os riscos associados quando do uso irregular do solo.
“Tentamos simular como é este terreno dentro da caixa e detectamos onde há uma maior declividade, ou seja, se o ângulo da encosta é mais íngreme ou é mais suave. Baseados nestas informações, identificamos a área onde há maior chance de ocorrer deslizamento e inundações”, explicou o professor.
Para o subsecretário de Proteção e Defesa Civil, Jorge Ribeiro Lopes, as palestras com auxílio do simulador, complementam com sofisticação os ciclos de instruções do Projeto Escolas Resilientes.
“Além de oferecer à comunidade escolar mecanismos de autodefesa através do conhecimento e do desenvolvimento da percepção de risco, importa para nossa gestão promover a integração entre instituições governamentais de excelência de todo o país, com o setor privado e a sociedade organizada”, afirmou.
Impressionado com a simulação na caixa de areia, o estudante Carlos Daniel Brás Silva de Souza, de 9 anos, foi um dos alunos que procurou saber como lidar em caso de desastres naturais e como se prevenir.
“Aprendi que os deslizamentos podem existir em áreas de risco e que muitos constroem casas próximo de rios e encostas, e isso é perigoso. O ser humano também tem que tomar alguns cuidados para não contribuir com inundações. Essa caixa e as cores chama a atenção de todos os alunos”, contou a criança.
Foto: Alziro Xavier
06/06/2018