A Bayer anunciou nesta quinta-feira (29) a demissão de 12 mil funcionários em todo o mundo até 2021. Um número significativo desses cortes deve ser na Alemanha, sede do grupo de produtos químicos e farmacêuticos. A empresa está tentando reconquistar a confiança de investidores após suas ações terem caído fortemente nos últimos meses.
A ação faz parte da reestruturação da empresa após a aquisição da rival norte-americana Monsanto, no início deste ano, em um negócio de mais de US$ 60 bilhões.
A companhia disse que pretende se concentrar nos segmentos farmacêutico, de cuidados pessoais e de agricultura , e vender o negócio de saúde animal. A venda pode reverter até 7 bilhões para a empresa, afirmam especialistas.
Na divisão de cuidados pessoais, a Bayer quer melhorar a rentabilidade se desfazendo das linhas de produtos Coppertone e Dr. Scholl. A Bayer pretende também vender sua participação de 60% na Currenta, empresa de serviços para a indústria química.
A empresa disse ainda que vai investir para fortalecer a inovação e a competitividade em suas divisões. Até o fim de 2022, serão investidos 35 bilhões de euros, sendo a maior parte nas áreas de pesquisa e desenvolvimento.
A empresa enfrenta forte pressão dos investidores após uma série de processos envolvendo um herbicida à base de glifosato fabricado pela Monsanto. As ações da Bayer perderam cerca de um terço de seu valor desde agosto, quando um júri em São Francisco considerou que a exposição prolongada ao glifosato, um componente essencial do herbicida Roundup, da Monsanto, seria a causa do câncer de um ex-jardineiro.
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Com Estadão Conteúdo
Reprodução: www.istoedinheiro.com.br
29/11/2018