A Operação Fúrio, deflagrada nesta segunda-feira (17), pela Polícia Civil, tem como base uma investigação da Delegacia de Japeri, que nos últimos anos apurou crimes de extorsão contra empresários e comerciantes do município da Baixada Fluminense.
Os profissionais recebiam cobranças que variavam entre R$ 5 mil e R$ 10 mil, sob ameaças de morte em caso de não pagamento. Há relatos, por exemplo, de estabelecimentos que foram alvos de ataques a tiros como retaliação do grupo criminoso.
O que chamou a atenção dos policiais é que a prática de extorsão, crime geralmente atribuído a milícia, era feita por traficantes. A quadrilha ainda é acusada de promover roubos de cargas no Arco Metropolitano, tendo apontada a responsabilidade pela morte de três seguranças, em 2017, que faziam a escolta de veículos.
Apesar de terem sido expedidos 32 mandados de prisão, por uma questão estratégica os policiais resolveram cumprir nesta segunda-feira (17), metade das ordens judiciais. Até o momento foram cumpridos 12 mandados.
Entre os presos está o soldado do Exército Seny Pereira Vilela Neto, acusado de associação ao tráfico. A liderança do grupo era exercida por Breno da Silva Souza, que assumiu o controle do tráfico de drogas na região do Complexo do Guandu, após trocar de facção depois que o antigo chefe foi preso, em 2015.
Breno foi capturado em julho deste ano depois de ser flagrado em outra investigação em escutas telefônicas pedindo ajuda ao então prefeito de Japeri, Carlos Moraes, para despistar a Polícia. O traficante chegou a forjar a própria morte.
Desde então a quadrilha perdeu força e facções rivais assumiram o controle de boa parte das favelas anteriormente dominadas pelo grupo.
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Reportagem Christiano Pinho
Com informações da BandNews
17/12/2018