A redução dos danos causados pelas cheias do Rio Botas, em Nova Iguaçu, está cada vez mais próxima de virar realidade. A partir de abril, a Prefeitura vai iniciar a limpeza das margens do rio. A intervenção faz parte do projeto de desassoreamento e alargamento da calha Botas, de sete para 14 metros, para evitar enchentes em pelo menos dez bairros da cidade, beneficiando mais de 100 mil pessoas.
Os serviços serão iniciados assim que forem concluídas as mudanças de todos os moradores que estão sendo retirados das margens do rio e levados para casas novas, nos residenciais Santo Antônio e José Maria Pitella, no bairro Cerâmica. Ao todo, 560 famílias estão ganhando nova residência (288 famílias estão indo para o Santo Antônio e 272 para o Maria Pitella). Os beneficiados são ribeirinhos de Comendador Soares e Bandeirantes, também cortado pelo Botas, além de pessoas que moram em Rancho Novo, às margens do rio Maxambomba.
Nesta segunda-feira (18), as Secretarias de Infraestrutura e Assistência Social, com apoio da Defesa Civil, fizeram seis mudanças na Rua Monte Agudo, em Comendador Soares. Nesta terça, a mudança acontece para outras sete famílias.
Aos 59 anos, 45 deles vividos às margens do Rio Botas, o auxiliar de serviços gerais João Martins, ao lado da esposa e de dois filhos, foi um dos que ganharam um novo lar no Maria Pitella.
“Sofri com as chuvas perdendo móveis e eletrodomésticos, agora terei uma vida nova, com um apartamento bem localizado e confortável. Estou resgatando minha dignidade. Toda vez que chovia ficava apreensivo”, comentou ele.
Após a retirada de todos os moradores, as construções às margens do rio serão demolidas. O objetivo do projeto é evitar o transbordamento e assim acabar com as enchentes no período das fortes chuvas. Além do alargamento da calha, o Botas terá sua profundidade duplicada, passando de um metro e meio para três metros no trecho que corta Comendador Soares.
Fotos: Alziro Xavier
18/02/2018