Policiais civis prenderam em flagrante nesta sexta-feira (12), Patrick Macedo Rodrigues Duarte, Rudson Julio de Aquino Paulino de Oliveira, Ramon Paixão Carvalho e Laurícia Hermínio de Oliveira, em virtude de prática de crime estelionato.
De acordo com informações, policiais civis da delegacia de Nova Iguaçu receberam denúncias através de uma das vítimas de que a empresa Quality Gold Consultoria Imobiliária e assessoria jurídica, com escritório situado no Centro de Nova Iguaçu, estava anunciando na internet um imóvel à venda por um preço bem abaixo do mercado, exigindo um valor a título de entrada para que a potencial cliente garantisse a compra e que o anúncio fosse retirado. Foram exibidas aos agentes conversas de aplicativo de mensagens em que o vendedor estipulava o valor da suposta entrada, dando vagas informações acerca do negócio.
Suspeitando de que se tratava de um golpe, os policiais se dirigiram ao escritório da empresa, onde encontraram mais uma cliente que também suspeitava da fraude, além dos quatro conduzidos responsáveis pela oferta do contrato. Com eles foram apreendidos, dentre outros materiais, diversos “chips” de telefonia celular.
Após ouvir as vítimas e acusados, bem como da análise das mensagens trocadas entre eles e dos anúncios veiculados no site de vendas, restou claro que a prática por eles que consistia em veicular falsos anúncios de vendas de casas que originalmente estariam disponíveis para leilão pela Caixa Econômica Federal (com fotos falsas), estipulando um valor que seria uma entrada e, posteriormente, habilitando o interessado como proponente a ofertar um lance pelo imóvel.
A forma utilizada pelos acusados para ludibriar as vítimas, em regra pessoas com baixa instrução, e dar falsa aparência de licitude ao negócio jurídico, era a criação de um contrato de assessoria jurídica, no qual o valor pago como suposta entrada era contabilizado a título de “honorários” pela empresa.
No local, as vítimas, seduzidas pelos baixos valores ofertados, eram levadas a crer que estavam pagando um preço pelo imóvel (com o qual nem tinham contato), composto de uma entrada e o restante financiado pela CEF, mas na realidade apenas preenchiam uma proposta pela aquisição da casa no valor do que seria o suposto resíduo, sem nenhuma garantia de aquisição, sendo que a empresa ficava como a falsa entrada, que era apelidada de honorários devidos por uma fantasiosa assessoria imobiliária. Os acusados foram conduzidos à 52 DP, onde receberam voz de prisão e ficarão acauteladas à disposição da Justiça.