Uma bebê de seis meses de idade, que estava com pneumonia, morreu esperando uma vaga em uma UTI pediátrica em Queimados, na Baixada Fluminense. Ariela Flor havia sido internada na terça-feira (30) no Hospital Infantil 21 de Julho. A unidade é particular e tem convênio com o SUS por meio da prefeitura. O quadro se agravou e a menina faleceu antes de conseguir a transferência.
“Quando a tiravam do oxigênio, ela ficava toda roxa. Eu perguntava: ‘E a transferência?’ Eles falavam que estavam ligando e ela cada vez piorando”, contou a mãe da criança, Letícia Oliveira.
Os pais contaram que, na quinta (2), a central de regulação informou que havia uma vaga no Hospital dos Servidores, no Rio. Mas faltou ambulância para transportar a menina.
“Às 22h40 chegou a ambulância pública. Mas não tinha nenhum equipamento. O bombeiro só chegou 1h da manhã. Por volta de 1h30 a minha filha faleceu, com a terceira parada cardíaca”, explicou André Silva, pai de Ariela. A família considera o caso uma falta de responsabilidade do poder público. “Precisou a minha filha de seis meses morrer por causa de negligência do hospital do município. Não tem uma emergência, uma maternidade”, protestou Letícia.
Queimados possui 150 mil habitantes e apenas um hospital infantil atende toda a população. Na única Unidade de Pronto Atendimento (UPA) que funciona na cidade, os pacientes reclamam da falta de vagas e que vive lotada.
“Não tem médico, a gente tem que madrugar aqui, Queimados não tem um hospital de emergência, não tem nada”, destacou uma moradora.
Questionada, a Prefeitura de Queimados disse que as unidades de atenção básica do município estão funcionando e que o pagamento para o hospital particular está em dia. O poder municipal destacou ainda que não tem responsabilidade sobre a transferência de pacientes.
“Não tem médico, a gente tem que madrugar aqui, Queimados não tem um hospital de emergência, não tem nada”, destacou uma moradora.
Questionada, a Prefeitura de Queimados disse que as unidades de atenção básica do município estão funcionando e que o pagamento para o hospital particular está em dia. O poder municipal destacou ainda que não tem responsabilidade sobre a transferência de pacientes.
Reportagem Ana Paula Santos
Com informações do G1
07/05/2019