Já não bastasse o sufoco que os moradores do Rio, passam diariamente com os trens da Supervia, agora imagina sem eles? Um dos meios de transportes mais utilizados, o trem, pode simplesmente suspender os serviços a partir de agosto. De acordo com informações, a concessionária que administra os trens do estado, alega ter acumulado um prejuízo de cerca de R$ 102 milhões na arrecadação desde março, período em que deu início o isolamento social por conta da pandemia do novo Coronavírus (Covid-19), registrando uma redução de 31 milhões de passageiros.
Em Nota enviada para imprensa, a empresa transparece o real problema. "A SuperVia esclarece que, se a partir de agosto não obtiver apoio financeiro para manter seu serviço, não terá caixa suficiente para cumprir com todos os seus pagamentos, como por exemplo pagamento de folha e de fornecedores, as contas de energia e os gastos com manutenção da frota, o que colocará dificuldades na operação dos trens".
Segundo o próprio presidente da companhia, Antonio Carlos Sanches, diversas medidas já foram tomadas para tentar minimizar as contas, mas não vem surtindo o efeito esperado e há um grande temor de um grande colapso em todos os ramais a partir de meados de agosto. Ainda de acordo com Antônio Sanches, a única saída seria um aporte financeiro emergencial do governo estadual ou até mesmo federal para que não ocasione a paralisação.
"O risco de paralisação existe, não temos condições de operar sem o caixa em dia. São R$ 102 milhões de perdas, que podem chegar em R$ 285 milhões até o fim do ano. Sem ajuda, a empresa entra em colapso financeiro e não consegue pagar os funcionários, a energia e a manutenção dos trens", disse Sanches.
Sanches afirmou ainda que a concessionária transportava cerca de 600 mil passageiros por dia útil. Nos últimos meses, a queda média foi de 65%. Ou seja, menos 400 mil pessoas em média nos trens do Rio diariamente. Contudo, Sanches ainda acredita em uma solução sem a necessidade de uma paralisação: "Tenho convicção que as negociações vão evoluir e teremos uma solução para que a coisa não chegue a esse ponto. Mas é importante alertar que não é só um problema do Rio, mas do transporte público de todo país. São empresas privadas que precisam de apoio", disse.
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09/07/2020
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