Divulgação -Firjan |
A Firjan, o Governo do Estado e a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) assinaram, nesta terça-feira (2/3), na Firjan Nova Iguaçu, uma carta de intenções para viabilizar o índice zero de roubo de cargas no Arco Metropolitano (BR-493). A parceria ocorre no âmbito do Projeto Arco Seguro, idealizado neste ano pela federação para articular melhorias de conservação e de segurança na rodovia.
A assinatura ocorreu durante o Fórum de Prefeitos da Baixada Fluminense, que contou com a presença do governador em exercício, Cláudio Castro; do presidente da Assembleia Legislativa, André Ceciliano; e de demais autoridades e lideranças locais. Com vigência inicial de 12 meses, a cooperação se dará por meio do intercâmbio de informações e da elaboração de estudos técnico-científicos destinados a garantir o funcionamento pleno, eficiente e seguro do Arco Metropolitano, via que interliga os polos industriais da Região Metropolitana e que reduz o tráfego de cargas pelas vias expressas da Capital.
O Arco Seguro - cuja meta principal é zerar o índice de roubos de carga no trecho prioritário da via até o final de 2021 - prevê a construção de uma parceria público-privada para viabilizar o potencial logístico da rodovia, atualmente subutilizada em função da violência, de ocupações irregulares em suas margens e de vandalismo. A expectativa inicial era de fluxo diário de 30 mil veículos, mas atualmente é metade desse volume.
Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, presidente da Firjan, ressaltou que o projeto está alinhado ao Programa de Retomada do Crescimento em Bases Competitivas do Estado do Rio de Janeiro, apresentado pela Firjan à Assembleia Legislativa, no ano passado, e que contempla ações relacionadas à infraestrutura e mobilidade urbana, segurança pública, acesso ao crédito e competitividade regulatória e tributária. “É imprescindível, para esta retomada, garantir a segurança nesta que é uma das rodovias mais importantes para a economia fluminense”.
Entre as várias dimensões de atuação do Arco Seguro, está a necessidade de integração entre as forças de segurança federais, estaduais e municipais. O projeto também prevê a construção de um posto de operações da Polícia Rodoviária Federal em Japeri, que já conta, inclusive, com recursos financeiros oriundos de emenda parlamentar, e uma base para socorro para panes mecânicas e acidentes.
“O Arco Metropolitano é uma artéria fundamental do desenvolvimento do estado como um todo e da Baixada em particular. É urgente que haja união de esforços para que ele deixe de ser a rodovia do medo para ser a rodovia do ouro, com livre circulação de pessoas e mercadoria, com zero roubo de carga”, analisou Carlos Erane de Aguiar, vice-presidente da Firjan e presidente da Firjan Nova Iguaçu e Região.
Ao detalhar as agendas de desenvolvimento previstas para a Baixada Fluminense, o governador em exercício, Cláudio Castro, garantiu que vai fortalecer o diálogo com as lideranças da região. "A ideia é criar uma força-tarefa para destravar a economia local e gerar emprego e renda", explicou Castro.
Já o deputado estadual André Ceciliano, presidente da Alerj, disse que, logo no início do ano, foi procurado pelo vice-presidente da Firjan e presidente da Firjan Nova Iguaçu e Região, Carlos Erane, propondo um pacto para ‘salvar o Arco Metropolitano’. “Trata-se de uma importante rodovia, capaz de atrair investimentos em indústria e logística, com geração de emprego e renda aos oito municípios às suas margens e também à Zona Oeste do Rio de Janeiro”, enfatizou.
Corredor logístico
Com um total de 145 quilômetros de extensão, o Arco Metropolitano liga os municípios de Itaboraí e Itaguaí. Com pouco mais de 70 quilômetros, o trecho prioritário vai do entroncamento da BR-040 (Rio-Juiz de Fora), em Duque de Caxias, ao acesso ao Porto de Itaguaí na BR-101 (Rio-Santos), cortando as rodovias BR-465 (antiga Rio-São Paulo) e BR-116 (Dutra). Antigo pleito da Firjan, a obra do primeiro trecho do Arco teve início em 2007 e ficou pronta em 2014.