A Polícia Civil diz que o vereador Dr. Jairinho teria praticado pelo menos uma sessão de tortura contra o o seu enteado, Henry Borel, semanas antes da morte do menino de 4 anos. Ainda segundo as investigações, a mãe sabia de agressões desde fevereiro deste ano.
Após o enterro do filho, a professora Monique Medeiros foi até ao Shopping Metropolitano, na Barra da Tijuca e entrou em um salão de beleza, onde realizou os serviços de pedicure, manicure e escova, e pagou R$ 240 pelos serviços. O sepultamento de Enry, que morreu no dia 8 de março, ocorreu no cemitério do Murundu, em Realengo, na Zona Oeste do Rio. Monique e o namorado, Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho (Solidariedade), foram presos nesta quinta-feira, acusados pela morte do garoto.
Durante depoimento, que durou mais de quatro horas na sede da Delegacia, Monique afirmou que, às 3h30min do dia 8, ela e Jairinho encontraram Henry caído no chão com mãos e pés gelados e olhos revirados. Ela disse acreditar que o filho pode ter acordado, ficado em pé sobre a cama, se desequilibrado ou até tropeçado no encosto da poltrona e caído no chão. Segundo o delegado, ela mentiu para defender o agressor de seu filho.
O casal então o levou ao Hospital Barra D’Or. Na emergência, Henry foi atendido por médicas pediatras, mas elas garantem que o menino já chegou morto e com as lesões descritas no laudo de necropsia. Os laudos apontam hemorragia interna e laceração hepática, provocada por ação contundente, e que seu corpo apresentava equimoses, hematomas, edemas e contusões.