A Prefeitura de Magé realizou, neste sábado (08), um ato simbólico do lançamento da 1ª fase da campanha anual obrigatória de vacinação de bovinos e bubalinos (búfalos) contra a febre aftosa, na Fazenda Delatorre, em Cachoeirinha, distrito do Rio do Ouro. O prefeito Renato Cozzolino, que ajudou a aplicar uma dose em um dos animais da propriedade, destacou a importância da imunização dos animais.
"Estamos trabalhando duro em todas as áreas para o desenvolvimento econômico do município, incluindo a agricultura e a pecuária. Por isso a Prefeitura está dando todo o suporte possível para conscientizar os criadores sobre o quanto é importante os animais estarem vacinados. Compramos 5 mil doses da vacina contra a febre aftosa e vamos percorrer todas as regiões agrícolas para atingir até 95% dos animais vacinados de um total de 10 mil cabeças de gado que temos na cidade", disse o prefeito.
Segundo o secretário municipal de Agricultura Sustentável, André Castilho, Magé vai oferecer as vacinas e os profissionais para aplicar o imunizante nas propriedades, cujos criadores têm até 50 animais.
"Como sabemos que os pequenos criadores têm menos recursos, a Prefeitura oferece este recurso para atingir o índice de 90% ou mais de imunização e criar o que denominamos imunidade de rebanho, ou seja, não ter mais riscos para a doença voltar a aparecer no nosso município. Nossos vacinadores vão percorrer as propriedades e, inclusive, se encontrarmos bois soltos na estrada, vamos descobrir o dono e levar os animais até a propriedade para vacinar", explicou André Castilho.
De acordo com o diretor municipal de Pecuária, João Batista Fraga, Magé completará a imunização em novembro.
"Em novembro, só aplicaremos a segunda dose em animais de dois anos para baixo, que receberão também a vacina contra o carbúnculo, que é o nome popular para uma doença infecciosa que ataca o gado mais jovem", disse João Batista informando ainda que o município aplicará ainda a vacina contra a raiva em bois e cavalos de áreas específicas que têm ataques de morcegos.
Segundo dados da Secretaria Estadual de Agricultura, a febre aftosa ainda não está totalmente erradicada do Estado. Mas um único novo caso compromete todo o rebanho do Rio, ou seja, nenhuma carne pode ser comercializada dentro e para fora do território do Estado. Se Estado, no entanto, ultrapassar a meta mínima de 90% dos bovinos e bubalinos vacinados, ainda de acordo com a Secretaria Estadual, a obrigatoriedade da vacina pode ser extinta, representando redução de custos e ampliação do mercado de exportação porque muitos países não compram carnes de animais vacinados.
RISCOS DA DOENÇA – A febre aftosa é uma doença viral altamente contagiosa que afeta gado bovino, búfalos, caprinos, ovinos, suínos. Os sintomas são febre e aparecimento de vesículas (aftas), principalmente na boca e pés dos animais. O vírus está presente nas aftas, além do sangue, saliva, leite, urina e fezes dos animais, podendo ser contraído por contato direto com outros animais infectados, alimentos e objetos contaminados, como mãos, roupas, calçados e veículos.