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Operação mira organização criminosa por receptação e lavagem de dinheiro no Rio e na Baixada

terça-feira, maio 25, 2021

/ by Jornal Destaque Baixada

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ), em parceria com a Polícia Civil realiza, nesta terça-feira (25/05), a operação "Compro Tíquetes" para cumprir mandados de busca e apreensão contra integrantes de organização criminosa dedicada à prática dos crimes de lavagem de dinheiro, usura, estelionato, receptação, dentre outras fraudes documentais e tributárias.

A investigação teve origem no inquérito policial nº 013-02868/2019, instaurado para apurar notícia de que menores de idade, não identificados, residentes nas comunidades do Pavão-Pavãozinho e complexo do Chapadão, estariam praticando diversos roubos nas imediações da Zona Sul, em especial de joias no bairro de Copacabana, e repassando o proveito desses delitos a dois estabelecimentos comerciais clandestinos que funcionavam comprando ouro e outros bens na Pavuna e em Nova Iguaçu. As empresas também praticavam a ilegal aquisição, mediante a cobrança de taxas abusivas, de créditos recebidos por trabalhadores a título de vale-refeição.

A partir dos bens apreendidos na primeira fase da operação, foi possível desarticular uma rede de empresas de fachada que funcionavam como laranjas para dissimular a origem ilegal dos produtos dos crimes, sendo possível o oferecimento de nova denúncia em face de 12 integrantes da citada organização.

O líder da organização criminosa seria Alexandro de Souza Mello, (vulgo 'Leco'), que comandava os demais denunciados e as movimentações financeiras do grupo, sendo amparado por sua companheira Flavia Regina da Silva Machado, gerente de estabelecimentos comerciais envolvidos no esquema criminoso e por Valdo Ramos do Vale, que aparece como sócio da V. R. do Vale Restaurante EPP (nome fantasia Delícias de Combo) e Restaurante Rey do Vale Ipiranga Eireli EPP, ambas 'fantasmas', e cujas vultosas movimentações financeiras são incompatíveis com a realidade, na medida em que não exercem atividade, possuem endereços inexistentes e não contam com funcionários registrados. Valdo seria pessoa de confiança de Alexandro, já que era encarregado de cooptar clientes e divulgar as atividades desenvolvidas nas empresas de 'Leco'.

Foram cumpridos mandados de busca e apreensão nos endereços de Alexandro de Souza Mello; de sua esposa Flávia Regina da Silva Machado, de Valdo Ramos do Vale e, ainda, dos "laranjas" Sidney Bezerra Lessa, Renata Maria Matias, Carlos Eduardo Soares da Fonseca e Ana Lúcia da Silva Fonseca, que figuravam como sócios de outras empresas envolvidas no esquema criminoso.

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25/05/2021
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