O homem que foi acusado pelo próprio irmão de ter participação na ocultação dos corpos dos meninos Lucas Matheus, Alexandre da Silva e Fernando Henrique, desaparecidos desde o dia 27 de dezembro do ano passado em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, admitiu à polícia que jogou sacos em um rio a mando de traficantes, sem saber o que havia dentro.
Ele prestou depoimento nesta quinta-feira (28 de julho) na DH da Baixada Fluminense, onde o delegado Uriel Alcântara, titular da especializada, chegou a pedir a prisão do suspeito, mas a Justiça negou a solicitação. Com isso, o homem segue em liberdade.
O irmão dele procurou o 39º BPM (Belford Roxo) para denunciar que o acusado teria envolvimento no transporte dos corpos para a Estrada Manoel de Sá, em Belford Roxo. Eles teriam sido jogados na localidade conhecida como Ponte de Ferro 38, no bairro Amapá.
Tortura
Na denúncia, o homem também relatou que as crianças foram espancadas e mortas por ordem do traficante José Carlos dos Prazeres Silva, o “Piranha”. Ele é apontado como um dos chefes do tráfico de drogas na comunidade Castelar.
Além disso, “Piranha” foi um dos 10 denunciados pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) pelo crime de tortura por causa do espancamento de um homem acusado injustamente de envolvimento no desaparecimento das crianças, em janeiro deste ano.
A DHBF informou que as investigações continuam e buscas serão realizadas na possível área onde os corpos das crianças teriam sido jogados.